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Pitbulls In the Nursery - "Equanimity" Review


A primeira coisa que pode surgir na cabeça do ouvinte após os primeiros momentos da faixa que abre este álbum é… como é que uma banda com um nome tão mau como Pitbulls In The Nursery tem um som tão potente quanto este? Claro que tinham que ser franceses. Como é sabido, apenas uma banda francesa poderá ter um nome como este e safar-se com isso. A banda esteve ausente nove longos anos, pelo que provavelmente, em muitos aspectos, terão que basicamente começar do início, mas com um trabalho como “Equanimity” isso até nem se revela problemático.

Um dos pontos fortes de “Equanimity” é o facto de ser incatalogável, proeza que nem todos conseguem atingir. Juntando a complexidade técnica típica de uma banda de metal francesa, com um sentido de groove próprio do metal mais moderno e ainda um sentido melódico que nos remete para os campos do heavy metal progressivo mais melódico, temos assim a fórmula perfeita para um álbum que se adivinha intemporal. A evolução que a banda acusa é impressionante e não se trata apenas de uma evolução a nível técnico mas também (e sobretudo) a nível de composição, onde temos verdadeiras músicas e não apenas desculpas para exibições técnicas.

Mais impressionante é o facto da banda não ter editora. Mais do que impressionante, é verdadeiramente chocante. “Equanimity” é um grande álbum do início ao fim, podendo inserir-se no espectro do death metal progressivo (embora vá muito mais além do que aquilo que o rótulo sugere) mas não transmite ao ouvinte os principais (e mais comuns defeitos) que um trabalho deste género tem. Musicalidade, groove, melodia e verdadeiras músicas, num álbum viciante do início ao fim – e chamo a atenção para o final do mesmo, em que temos à boa maneira Opeth no tema “Deliverance” com o tema “Your Dream’s Not Mine”. De sonho!

O nome pode ser parvo, mas mais parvo é o facto desta banda ter lançado uma bomba desta em edição de autor. Bem vindos ao século XXI.


Nota: 9/10

Review por Fernando Ferreira