Os Behold! The Monolith não são propriamente um dos grandes nomes do doom metal norte-americano, mas só a entrada neste seu terceiro álbum fará que muitos comecem a rever as concepções que tinham do doom que vem do outro lado do Atlântico. Para quem pensava que para se ter doom paquidérmico e monolítico teria que se ter faixas quinze minutos, “Umbra Vale” prova exactamente o contrário. Não que este trabalho não tenha faixas de longa duração, mas a forma como em três minutos atinge uma perfeição esmagadora naquilo que representa a mescla entre o stoner e o death/doom é brilhante e tem que ser salientada. Mesmo que tal faixa não seja mais que uma intro para o que vem aí.
Poderá dizer-se que este “Architects Of The Void” começa verdadeiramente com “Philospher’s Blade”, um tema que vai construindo um ambiente próprio de Black Sabbath vintage como se tivesse sido fundido aos Obituary e aos Mastodon se ambos tocassem doom atmosférico. É certo que a sensação épica de da primeira faixa tende a dissipar-se conforme a música avança mas o que fica no seu lugar também não é nada de se deitar fora. Com ambientes muito próprios, sempre próximos do atmosférico, mas ao mesmo tempo com uma sujidade épica também ela própria do sludge faz com que faixa após faixa, este trabalho vá conquistando enquanto vai intrigando.
Existem duas facções da música, seja ela pesada ou não, e não é a óbvia boa e má. É subjectiva essa categorização, já que depende dos gostos de cada um. A música tanto pode entrar à primeira (sendo que normalmente também é a primeira a sair) como pode exigir mais audições para que seja totalmente absorvida. E a realidade é que passa-se aqui neste “Architects Of The Void” muito mais do que seria suposto num álbum de doom metal, até porque o ritmo nem sempre é baixo. A recta final de “The Mithriditist” é bem frenética e intensa, chegando a ser claustrofóbica, tal como a “Lord Of Bones”, que tem um solo cheio de feeling. É um álbum que no início promete algo, não cumpre esse algo mas acaba por entregar algo igualmente bom. Só é preciso lhe dedicar algum tempo.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira
Poderá dizer-se que este “Architects Of The Void” começa verdadeiramente com “Philospher’s Blade”, um tema que vai construindo um ambiente próprio de Black Sabbath vintage como se tivesse sido fundido aos Obituary e aos Mastodon se ambos tocassem doom atmosférico. É certo que a sensação épica de da primeira faixa tende a dissipar-se conforme a música avança mas o que fica no seu lugar também não é nada de se deitar fora. Com ambientes muito próprios, sempre próximos do atmosférico, mas ao mesmo tempo com uma sujidade épica também ela própria do sludge faz com que faixa após faixa, este trabalho vá conquistando enquanto vai intrigando.
Existem duas facções da música, seja ela pesada ou não, e não é a óbvia boa e má. É subjectiva essa categorização, já que depende dos gostos de cada um. A música tanto pode entrar à primeira (sendo que normalmente também é a primeira a sair) como pode exigir mais audições para que seja totalmente absorvida. E a realidade é que passa-se aqui neste “Architects Of The Void” muito mais do que seria suposto num álbum de doom metal, até porque o ritmo nem sempre é baixo. A recta final de “The Mithriditist” é bem frenética e intensa, chegando a ser claustrofóbica, tal como a “Lord Of Bones”, que tem um solo cheio de feeling. É um álbum que no início promete algo, não cumpre esse algo mas acaba por entregar algo igualmente bom. Só é preciso lhe dedicar algum tempo.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira
