Os Diemonds parece que foram enterrados na década de oitenta e desenterrados no novo milénio para fazer aquilo que fazem bem: rockar. Aliás, é algo que a capa bem sugere. Então sendo assim, temos hard rock como mandam as regras glam - mais especificamente, Mötley Crüe - mas em bom. Os refrões são contagiosos, as guitarras rockam como tudo, com um som bem poderoso e as músicas ficam bem presentes na memória, mais que não seja até ao final do álbum. É aquele tipo de rock/metal que entra logo à primeira mas que também não apostamos que fique lá muito tempo.
Independentemente disso, o que interessa é a diversão que se tem com malhas como o tema título, "Hell Is Full" ou "Forever Untamed", que apontam um pouco mais na direcção do metal do que propriamente do hard rock, embora a primeira imagem que se tenha na cabeça é da cena de Los Angeles da década de noventa. A diferença é que aqui não há aquele argumento engraçadinho de dizer que o vocalista parece uma mulher, porque é realmente uma mulher. A sua voz é melódica e ainda mantém o punch necessário para que as músicas tenham aquele toque metal. Claro que em alguns momentos, é apenas diversão rock n' roll, como a "Ain't That Kinda Girl", que faz lembrar uma mistura de Joan Jett com The Pretty Reckless de Taylor Momsen.
Não é um álbum em que a banda acerta em todos os alvos que aponta. Alguns momentos acabam por se tornar demasiado banais. "Secret" é dolorosamente banal e desinteressante e se serve como uma pausa para respirar a meio do álbum, também um minuto de silêncio teria o mesmo efeito. Também provoca que a segunda metade do álbum não consiga recuperar daquele fantasma. As músicas que se lhe seguem são interessantes, mas a energia do início do álbum parece irremediavelmente perdida, a não ser pela brutalíssima "Meet Your Maker". É um bom segundo álbum, com falhas, mas que consegue bater-se em pé de igualdade com a forte concorrência que por aí anda.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
Independentemente disso, o que interessa é a diversão que se tem com malhas como o tema título, "Hell Is Full" ou "Forever Untamed", que apontam um pouco mais na direcção do metal do que propriamente do hard rock, embora a primeira imagem que se tenha na cabeça é da cena de Los Angeles da década de noventa. A diferença é que aqui não há aquele argumento engraçadinho de dizer que o vocalista parece uma mulher, porque é realmente uma mulher. A sua voz é melódica e ainda mantém o punch necessário para que as músicas tenham aquele toque metal. Claro que em alguns momentos, é apenas diversão rock n' roll, como a "Ain't That Kinda Girl", que faz lembrar uma mistura de Joan Jett com The Pretty Reckless de Taylor Momsen.
Não é um álbum em que a banda acerta em todos os alvos que aponta. Alguns momentos acabam por se tornar demasiado banais. "Secret" é dolorosamente banal e desinteressante e se serve como uma pausa para respirar a meio do álbum, também um minuto de silêncio teria o mesmo efeito. Também provoca que a segunda metade do álbum não consiga recuperar daquele fantasma. As músicas que se lhe seguem são interessantes, mas a energia do início do álbum parece irremediavelmente perdida, a não ser pela brutalíssima "Meet Your Maker". É um bom segundo álbum, com falhas, mas que consegue bater-se em pé de igualdade com a forte concorrência que por aí anda.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira