About Me

Gloryhammer - "Space 1992: Rise Of The Chaos Wizards" Review


O que os tempos actuais têm de bom é que há de tudo. Se anos atrás só tínhamos heavy metal, e depois thrash, e depois, e depois black, e depois power e depois pós-isto ou aquilo-core, hoje, findas todas essas modas, temos o melhor que se vai fazendo em todos os estilos. O segundo álbum dos escoceses Gloryhammer é um bom exemplo disso. Depois de um bom álbum de estreia, que deixou algumas indicações do seu talento, "Space 1992: Rise Of The Chaos Wizards" confirma esse mesmo talento, juntando no mesmo tacho a vertente mais sinfónica do power metal com a mais alegre, isto pelos seus refrões grandiosos e contagiosos, como se os Freedom Call se tivessem fundido aos Rhapsody (ou Rhapsody Of Fire, vai dar ao mesmo) e com os Iron Savior, sem esquecer as melodias meio folk/festivas nos refrões dos Alestorm, nome que não deverá ser estranho aqui, já que os Gloryhammer foram formados pelo frontman e teclista dos Alestorm, que aqui desempenha apenas o papel de teclistas.

Quem for alérgico à coisa fica já avisado, este trabalho tem refrões maiores que a vida e que tem as propriedades de pastilhas elásticas mutantes - daquelas que procuram colar-se a qualquer parte do nosso corpo - arranjos sinfónicos de bom gostos, coros a cantar cada refrão, solos de guitarra que são virtuosos e melódicos, e que portanto poderá levar a que várias erupções cutâneas possam surgir sem aviso. Poderá ser uma descrição bastante genérica, mas a verdade é que cada uma destas músicas encaixa perfeitamente nela, desde uma "Legend Of The Astral Hammer" até uma "Questlords of Inverness, Ride to the Galactic Fortress!" - a sério, onde é que esta malta arranja a imaginação para estes títulos.

Por outro lado, quem não for alérgico ao power metal sinfónico e happy, então terá aqui matéria para muitas audições já que a banda propõe-se a acertar em tudo o que aponta. Mesmo que depois de bem assimilada a fórmula da coisa se fique um pouco enjoado, não há volta a dar, estes refrões são mesmo viciantes e as músicas que os contém estão bem construídas, onde todos os botões são carregados de forma correcta. É um trabalho a recomendar aos fãs do estilo e sem dúvida uma banda que tem tudo para se tornar um dos grandes nomes do mesmo. É só uma questão de tempo. E de álbuns como este.


Nota: 8/10

Review por Fernando Ferreira