Enter porradation! "Magnum Chaos" é o álbum de estreia da banda alemã Nekyo Orchestra. Após uma breve intro (que tem o título do álbum) o épico "Odyssey" dá-nos um enxugo auditivo que é necessário uma bússola para que nos consigamos orientar novamente. Apesar do poderio do tema, existe um certo enfado que se instala e que parece invalidar a razão de termos dez minutos algo repetitivos - o que até não é totalmente verdade, apenas o tipo de soluções em termos de composição são semelhantes, o que faz com que se tenha uma música que, para os mais distraídos, parece que não vai a lado nenhum.
Esse tipo de soluções repetem-se um pouco por todo o lado, o que faz que em temas mais longos seja difícil não se ficar com um pouco de marasmo. "Charon" consegue um crescendo engraçado em termos de intensidade, mas as semelhanças com Meshuggah acabam por que soe derivativo e déjà vú. "Athena" aposta mais no groove e num ambiente mais (ilusoriamente) calmo mas não menos denso e acaba por obter resultados mais entusiasmantes, embora acabe por ir desaguar na mesma aos ritmos mais quadrados e desumanos. Com o a nítida intenção de provocar algo desagradável ao ouvinte, em muitos casos deste álbum isso acaba por acontecer, mas não talvez da forma pretendida.
Claro que para quem gostar de os ambientes que os Meshuggah nos trazem com aqueles que o pós-metal nos brinda e ainda algum experimentalismo ("Medusa" é perfeita para o exemplo da forma como a electrónica consegue-se encaixar e conviver saudavelmente num trabalho que usa e abusa da distorção) este será sem dúvida um álbum a conhecer e a saborear. Também é certo que não é a primeira vez que se consegue apreciar tudo o que se passa aqui, são necessárias mais audições, já que a complexidade em que se embrulha (por vezes fica a sensação de que desnecessariamente) não se consegue inteirar nem numa nem em duas vezes.
Nota: 6.5/10
Review por Fernando Ferreira
Esse tipo de soluções repetem-se um pouco por todo o lado, o que faz que em temas mais longos seja difícil não se ficar com um pouco de marasmo. "Charon" consegue um crescendo engraçado em termos de intensidade, mas as semelhanças com Meshuggah acabam por que soe derivativo e déjà vú. "Athena" aposta mais no groove e num ambiente mais (ilusoriamente) calmo mas não menos denso e acaba por obter resultados mais entusiasmantes, embora acabe por ir desaguar na mesma aos ritmos mais quadrados e desumanos. Com o a nítida intenção de provocar algo desagradável ao ouvinte, em muitos casos deste álbum isso acaba por acontecer, mas não talvez da forma pretendida.
Claro que para quem gostar de os ambientes que os Meshuggah nos trazem com aqueles que o pós-metal nos brinda e ainda algum experimentalismo ("Medusa" é perfeita para o exemplo da forma como a electrónica consegue-se encaixar e conviver saudavelmente num trabalho que usa e abusa da distorção) este será sem dúvida um álbum a conhecer e a saborear. Também é certo que não é a primeira vez que se consegue apreciar tudo o que se passa aqui, são necessárias mais audições, já que a complexidade em que se embrulha (por vezes fica a sensação de que desnecessariamente) não se consegue inteirar nem numa nem em duas vezes.
Nota: 6.5/10
Review por Fernando Ferreira
