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Macbeth - "Imperium" Review


Macbeth parece ser um nome de uma banda de power metal pomposo e eloquente… ao ouvir a intro “Ultima Ratio Regis”, a coisa até parece apontar nesse sentido, numa pequena peça acústica de extremo bom gosto, mas quando “Das Große Gericht” (nem é preciso dizer qual a nacionalidade da banda com este título) se faz ouvir, nota-se que o que temos em mãos é algo ligeiramente diferente.  Até podemos apontar para o power metal, mas este é um power metal quase à beira do thrash. A energia do dito tema é o suficiente para cativar qualquer fã de heavy metal da velha guarda – e que não se importa de algum poder bruto misturado. Seria engraçado também ver o que tratam as letras, já que a temática de eleição da banda é a história, mas sendo que cantam em alemão, essa questão terá de ficar de parte até que aprendamos todos falar alemão.

O álbum segue todo essa linha, ou seja, não desilude quem ficou logo fisgado à primeira música. Temos leads cativantes, riffs potentes e frenéticos – aquela “Inferno” é mesmo um inferno thrash metal mas no bom sentido – e um sentido de genuíno amor ao heavy metal que faz com que quem ame o estilo não consiga ficar indiferente. É precisamente esta a diferença entre usar os clichés para atingir um qualquer objectivo (para estar na moda) ou usá-los tendo em vista a sua expressão artística. Enquanto houve algo de identidade própria na música, todos os lugares comuns são bem-vindos e é o que acontece aqui definitivamente. É um trabalho que progride sem cansaço embora as faixas bónus (da edição especial) já tornem o trabalho algo maçudo – ficando com pouco mais de sessenta e sete minutos.

Para quem não os conhece, “Imperium” é já o quarto álbum da banda, que apesar dos seus trinta anos de história (intermitente, é certo) não é propriamente profícua mas com trabalhos como este, o fã não se pode queixar. Não sendo um dos nomes propriamente populares do heavy/power/thrash/whatever alemão, este é um álbum que de certeza que fará com que ganhem mais alguns fãs. Épico, potente mas não propriamente tosco, o seu único defeito será talvez o alemão como língua escolhida, mas ainda assim, a música não perde muito por isso. Obrigatório conhecer.


Nota: 8.5/10

Review por Fernando Ferreira