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Fifth To Infinity - "Omnipotent Transdimensional Soulfire" Review


Toma lá black metal sueco. Primeiro ponto positivo a favor dos suecos, temos uma intro que se revela essencial para o resto do trabalho. Não enche chouriços e é perturbante. Estando a falar de música extrema, é algo que faz todo o sentido. Confessa-se que a dita intro, "Intro - Vindar Från De Osaligas Ängder", é algo longa e repetitiva, mas repetimos, chateia no bom sentido da coisa, pelo que é a abertura ideal para um álbum de música cheia de artes da trebvas. "Reapers Wake" é o primeiro tema a sério e mostra-nos um black metal compassado e até melódico, no entanto, sem deixar de lado a potência metálica que fica sempre bem - embora neste género não seja propriamente essencial.

Há um lado melancólico que também é devidamente explorado e que não estaria muito desfasado de um álbum de doom metal e que garante outra surpresa para quem anda nestes caminhos há já algum tempo: dinâmicas. É certo que estes andamentos mais compassados dotam as músicas de uma aura menos ortodoxa do que alguns de horizontes mais fechados poderão permitir, mas a realidade é que esta é uma forma de sair fora do que é banal e mesmo assim manter-se fiel ao género - não, não foram os Fifth To Infinity que conseguiram reeinventar a roda.

Claro que poderiamos ter começado esta crítica de uma forma completamente diferente. Poderiamos ter dito que este power trio é a nova banda de Martin Lopez, ex-baterista de bandas como Opeth e Amon Amarth, mas sinceramente, para a música que temos aqui, é totalmente irrelevante. A música é de topo com interpretações imaculadas, um som poderoso e bem frio, mas é a composição que triunfa e que faz com que se volte aqui vezes sem contas. Lançado em 2015, apenas agora chegou às nossas mãos em 2016, mas ainda bem que chegou porque um álbum desta excelência não deve ficar escondido. Nem de nós, muito menos do mundo.


Nota: 9/10

Review por Fernando Ferreira