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Phill Rocker - "Hard To Bleed" Review


Phill Rocker é um músico português  e que tem com este álbum uma estreia hard rock de luxo, não só pelos nomes envolvidos mas pela qualidade das músicas em si. Apesar de ter sido lançado no início do ano passado, agora surge novamente com uma nova música e com músicas bónus. Nos convidados temos nomes como Doug Aldritch (guitarrista de bandas clássicas como Dio e Whitesnake entre muitas outras); Brian Tichy (baterista de Billy Idol, Slash's Snakepit e Ozzy Osbourne entre muitas outras); James Lomenzo (baixista que já passou por bandas como Black Label Society, David Lee Roth e Megadethm, entre outras); Richard Fortus e Dizzy Reed (guitarrista e teclista dos Guns N' Roses); Tim "Ripper" Owens (ex-vocalista dos Judas Priest e Iced Earth); Dusty Watson (baterista de Lita Ford, Legs Diamond e The Sonics); e alguns nomes nacionais tais como Ricardo Fernandes, Rui Rocha, Nuno Correia, Mario Percudani, Miguel Aguiar, João Paulo Aça e destacando Gonçalo Pereira.

Com tantos convidados assim até nos perdemos mas de uma coisa temos a certeza, é um trabalho para lá de ambicioso, ainda por cima tendo em conta que parte tudo do talento de uma só pessoa. Para quem gosta de hard rock, fica logo bem ambientado com o primeiro tema "Wasted Generation (In Me)", um tema de hard'n'heavy em grande estilo, que embora tenha o seu travo clássico, não está propriamente a olhar para trás. O tom da voz de Phill é quente e rouca mas poderosa, a fazer lembrar um misto entre Don Dokken e Jeff Keith dos Tesla, um pouquinho mais grave.

É a sua voz que comanda este álbum que é das coisas mais ricas que o hard rock nos mostrou nos últimos anos. Os mais exigentes poderão dizer que se trata de um álbum vítima da sua própria ambição, com demasiados convidados e com demasiadas músicas, no entanto, a forma como "Hard To Bleed" deve ser encarado é olhar para ele como aquilo que é: um álbum de luxo. Se por vezes podemos sentir na música moderna que se é roubado ao comprar-se um CD por 15 euros, com uma ou duas músicas boas e com o resto com fillers, pelo menos aqui temos a garantia que o saldo final é bem positivo. Existem efectivamente músicas menos efectivas ("How Does It Feel" e "Incomplete", por exemplo, acabam por não ter a mesma força que o resto das composições e não é por serem baladas) mas o saldo final é sem dúvida positivo. Resta saber o futuro de Phill Rocker, porque o que temos aqui é ouro.


Nota: 8.3/10

Review por Fernando Ferreira