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Redemption - "The Art Of Loss" Review



Um dos grandes nomes do metal progressivo que ainda não conseguiu chegar aos níveis de popularidade de uns Dream Theater, Symphony X ou até mesmo Fates Warning (a outra banda do vocalista Ray Alder), embora a qualidade evidenciada na sua carreira até ao momento seja inquestionável. Já passaram cinco anos desde "This Mortal Coil" e logo à partida, sem grande análise, o que podemos reparar é a ausência de Bernie Versailles, um dos guitarristas da banda que sofreu um aneurisma em 2014 e ainda se encontra a recuperar. No entanto, para compensar, a banda norte-americana convocou uma série de cromos difíceis do mais alto gabarito.

Estão preparados?

Então temos Simone Mularoni (dos DGM e Empyrios) e a armada dos Megadeth, composta por Chris Poland (o primeiro vocalista da banda de Mustaine), Marty Friedman (para muitos, representativo da melhor fase da banda) e Chris Broderick (o último guitarrista que abandonou o barco). Com um elenco de luxo destes, o lugar de Bernie está bem preenchido. Também existe a salientar a presença de John Bush com uma participação emocionante na "Love Reign O'er Me". No entanto, todos estes nomes não servem de nada se as músicas não tiverem a qualidade que já nos habituámos. E têm. Aliás, até podemos dizer que ultrapassa em qualidade o anterior, o já mencionado "This Mortal Coil".

Para quem chegou aqui agora - como já dissemos, a banda ainda não alcançou os níveis de popularidade merecidos, pelo que não será estranho isso acontecer - poderá estranhar a voz de Ray Alder, principalmente para quem está habituado a ouvi-lo nos Fates Warning, já que a música puxa bem mais ao metal e é nesse departamento (do metal) que "The Art Of Loss" triunfa, com grandes momentos para os apreciadores de guitarra, não só pelo talento dos músicos mencionados atrás mas como também pelo talento de Nick Van Dyk, o eterno mastermind por trás da banda.

Poderá não entrar à primeira - provavelmente não entrará à primeira - mas definitivamente é um daqueles álbuns que dará um gozo desgraçado ouvir e apreciar a forma como evolui dentro do ouvinte a cada uma dessas audições. No entanto, se há algum tema que poderá imediatamente causar um excelente impressão, será o mega-épico "At Day's End" com mais de vinte minutos de duração. Se para quem precisa de alguma definição para tentar perceber o que é metal progressivo, poderá muito bem começar por aqui.


Nota: 9/10

Review por Fernando Ferreira