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Deadlock - "Hybris" Review


Os Deadlock são uma daquelas bandas capazes de provocar as mais efusivas reacções positivas como os ódios profundos. Para os que gostam de coisas mais tradicionais, poderá ser sem dúvida o seu maior pesadelo. Quer dizer, não, é exagero, embora acreditemos piamente que existam fãs de música pesada que se sintam ofendidos com este tipo de proposta. A banda já tem quase vinte anos e sinceramente não sabemos se o som apresentado aqui em "Hybris", o seu sétimo álbum, é algo que já surge desde o início da sua carreira, mas como o que interesse é o agora, vamos lá mergulhar no momento presente.

Primeira impressão. Esta coisa do death metal moderno (ou modernaço) em conjugação com melodias quase pop e com uma voz feminina tão doce que de certeza que aumenta os diabetes nos corpos dos ouvintes e até dos seus familiares mais próximos não é nova e até tem tendência para irritar os que detestam esta mania de tornar a música descartável com elementos pop mas o que é certo é que a coisa funciona. Talvez não funcione em todos os momentos mas na maior parte das vezes, como no tema-título, até que o saldo é positivo.

E isso é graças à nova vocalista Margie Gerlitz que vem substituir Sabine Weniger, que tem uma voz que poderia estar bem melhor num qualquer lixo pop descartável mas que é muito melhor aproveitada neste contexto, o que faz com que o conceito "bela e monstro" dos tempos de Theatre Of Tragedy e Lacuna Coil seja elevado a novos patamares de excelência. Esta é a parte boa. A parte má é que, apesar dos momentos bem conseguidos, há muito daqui a soar a plástico. Ainda assim, o resultado é positivo. Uma coisa tem que ser dita, ficamos com vontade o que ficou para trás e, tendo um momento de déjà vú, vamos chegar à conclusão de que antigamente é que era.

Típico.


Nota: 6.9/10

Review por Fernando Ferreira