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Karnak Seti - "The Distance That Made Us Cold" Review



Os Karnak Seti sempre foram associados, mal ou bem (é-nos indiferente e já explicamos porquê) metalcore mas a diferença deles para os outros é que nós sempre gostámos do seu som. Quer dizer, não é apenas isso. A questão é que a sua música sempre conseguiu quebrar com a questão de pertencer ou de cumprir à risca todos os predicados necessários para pertencer a este ou àquele grupo de bandas ou a uma moda específica, até porque em 2001, a questão do metalcore ainda não era propriamente falada. Nós sempre os vimos como uma banda, uma boa banda, de death metal melódico e é por aí que começamos.

Apesar de uma carreira com quinze anos, os Karnak Seti apenas agora chegam ao terceiro álbum de originais, cinco anos após o lançamento de “In Harmonic Entropy”. Apesar da longa distância entre os dois lançamentos, a banda madeirense mantém intacto todo o seu poderio bruto e melódico, algo que fica evidente com “The Bliss Of Living”, o tema de abertura. A dificuldade que podemos  encontrar à partida é pelo simples facto de que a fórmula para este tipo de sonoridade está mais que batida.

Não interessa. Quando o som rocka como tudo e possui minimamente uma identidade própria, que é o caso, então é sempre música bem vinda. Não existe aqui nenhuma aproximação descarada ao comercialismo, continuamos a ter um excelente equilíbrio entre brutalidade e melodia o que, bem vistas as coisas, é uma raça em extinção. Para quem gosta de death metal tipicamente sueco (secção de Gotenburgo) então, a banda nacional é aquilo que precisam mesmo para satisfazer a vossa sede. Temas como “Desolation Of Soul And Flesh”, o tema título ou “Reload The System” são obrigatórios mas o álbum, num todo, é muito forte.

Nota: 8.6/10

Review por Fernando Ferreira