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Mors Pricipium Est - "Embers of a dying world" Review


Quando falamos de Death Metal Melódico vem-nos à cabeça nomes como In Flames, Dark Tranquility e At the Gates, entre outros. 

Os Mors Pricipium Est são uma banda fundada em Pori (Finlândia) e desde 1999 que não nos param de surpreender álbum atrás de álbum. Depois de em 2014 terem apresentado ao mundo Metaleiro um bom registo (Dawn of the 5th Era), voltam à carga, em 2017, com o 6º álbum de originais, “Embers of a Dying World”. 

O novo disco uma traz-nos, mais uma vez, muitos riffs de qualidade, músicas bem construídas, harmonias que assentam bem na construção musical, uma montanha russa sonora em que somos transportados inicialmente, nas harmonias orquestrais de “Genesis” mas que rapidamente nos conduzem para os loops de músicas como “Reclaim The Sun”, “Masquerade”, “In Torment”, “Into the Dark” ou até Apprentice Of Death (talvez a faixa que melhor define o álbum).

“Death is the Beginning” e “The Ghost” são provavelmente as faixas mais experimentais deste registo, a primeira é uma balada melodeath, que nos traz a estreia de uma participação feminina nos vocais, trilhando caminhos já explorados por outras bandas do género, sendo que, neste caso, o resultado final aceita-se bem. Na segunda o uso de teclados, não sendo novidade para a banda, contrasta muito bem com as cavalgadas debitadas pela guitarra de Andy Gillion. “The colour of Cosmos” é a faixa mais agressiva deste “Embers of a Dying World”, que nos traz um registo mais Death mas nunca esquecendo as melodias que caracterizam o estilo musical, que os Mors Principium Est carregam no seu estandarte.

Agnus Dei é a única faixa parasita do álbum, um tema instrumental que se não estivesse no alinhamento não sentiríamos a falta dele. 

Na sua generalidade, “Embers of a Dying World” é um disco com muitas virtudes, riffs poderosos, solos bem conseguidos, partes instrumentais que não incomodam e assentam bem na construção dos temas, vozes características do Death Metal Melódico, muitas vezes fazendo lembrar Hipocrisy e baixo e bateria num dueto perfeito. Sem serem geniais, estes finlandeses sabem o que fazem e fazem-no bem.

Nota: 7.5/10

Review por Hugo Félix