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Possession - "Exorkizein" - Duas reviews


Depois de dois EP´s lançados em 2014 e 2015, os Belgas Possession apresentam-nos agora a sua mais que esperada criação: Exorkizein. Uma explosão genial de Old School Death Metal com mortíferas estucadas do mais tradicional Black Metal.

Ao ouvido tudo isto vai fazer sentido, Sacerdotium dá-nos um “cheirinho” do que por aí vem. A crueza sonora deste álbum vai nos deixar com vontade de sangrar por mais.

O vocal “raivoso” e desumano de V. Viriakh é imenso assim como a garra da guitarra que nos cilindra sem pedir licença. Ouçam Infestation – Manifestation e sintam as minhas palavras. 

Neste Exorkizein nota-se que a parapsicologia e o culto têm vida própria. Nas melodias e no timbre das “entrelinhas” líricas conseguimos perceber isso de forma clara.

Take The Oath, eleva-nos a agonia e a obscuridade a níveis dementes, saímos desta viagem com vontade de “regar as nossas vidas com gasolina e entregar as cinzas a Lucifer”. Outro momento alto, Preacher's Death. A intenção desta malha é muito bem conseguida, os cinco elementos do Universo estão nestes últimos minutos de Exorkizein como que uma despedida à vida. As passagens melódicas são verdadeiros estágios emocionais.

Intenso, poderoso e híbrido. Exorkizein é curto na sua duração mas enorme na sua mensagem.

Nota: 7.8/10

Review por Ricardo Gonçalves

Formado em 2012, este quarteto de belgas conta já com uma demo de estreia, dois EP’s, um split e finalmente em 2017: o álbum de estreia chamado Exorkizein.

O disco começa com uma intro sinistra como se tivesse sido tirada de um filme do Bram Stoker, seguida de uma bateria e guitarras ritualísticas em “Sacerdotium”, como que a fazer jus ao nome da música. 

Na transição de uma poderosa “Beasts Of Prey”, para a sua sucessora “In Vain”, encontramos pelo meio um órgão sinistro a rematar com uma entrada calma e ritmada da bateria, seguido de um baixo com um tom tão negro como se tivesse sido tirado das profundezas do próprio Inferno.

Ao longo deste Exorkizein, podemos sentir um ambiente negro e até ritualístico, como se estivéssemos a testemunhar um ritual, porque é isso que este álbum é, um ritual. Desde uma bateria e guitarras com ritmos sombrios até à voz do sr. Viriakh a transbordar ódio e repulsa a cada letra e a cada nota que entoa.

Para fãs de Inquisition, dos primórdios de Satyricon e de Mayhem, recomendo vivamente este álbum.

Nota: 8/10

Review por Pedro Loureiro