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Entrevista aos Beyond Carnage


Dia 30 de Setembro, à tarde, o Metalpoint recebe  a quarta edição do Porto Deathfest, que possui uma segunda sessão na noite de 4 de Outubro. A abrir o cartaz do primeiro dia, estarão os Beyond Carnage, vindos de Sintra, que trazem na bagagem o Ep «Profane Sounds Of The Flesh», editado este ano pela Firecum Records. Foram eles os escolhidos, na pessoa de João Colosso, vocalista, para uma entrevista com a Metal imperium.


M.I. - O vosso disco saiu em Junho. Já há um balanço?

Tem sido uma viagem brutal! Temos tido imenso apoio e excelentes avaliações de ezines e outros meios. E o publico também tem dado uma resposta brutal, desde encomendas de cds e merch. Foi uma honra para nós ter essa adesão da malta, e gostaríamos de aproveitar para agradecer a todos os que sentiram o nosso trabalho e nos empurraram para a frente e nos motivaram! O próximo álbum irá existir por vossa causa!


M.I. - Até há pouco davam pelo nome de Extreme Carnage, hoje são Beyond Carnage. Há um óbvio jogo de nomes. Explica isso.

Até há pouco não, há muito já. O nome deve ter mudado uma semana depois de eu ter entrado para a banda, mesmo nos inícios. O jogo de nomes é simples. Exteme Carnage é um conceito limitado, Beyond Carnage pode ser qualquer coisa, é algo que ainda é inobservável, que está para além do que é visível, algo que consideramos ser um nome muito mais forte.


M.I. - A escolha do vosso som, old school death metal, foi pensada ou resultou assim na sala de ensaios?

Foi algo definido logo desde início. Na nossa opinião n se pode navegar sem saber as posições das estrelas, por isso convém ter um objectivo alcançar, se depois, com naturalidade, encontrarmos uma ilha desconhecida também não teremos medo de explora-la, ou seja, apesar de nos contermos no Old School Death Metal, vamos sempre buscando influências variadas a vários outros estilos.


M.I. - Lovecraft é um gosto pessoal, tencionam explorar mais o autor?

Lovecraft é um gosto pessoal meu, e como sou eu que faço as letras achei que era importante inclinar-me nas minhas influências mais base. Achei importante para mim deixar aí no mundo, um tributo ao mestre. Quanto a explorar mais o assunto, acho que é um bocado difícil de fugir, visto que foi o pioneiro de falar das coisas que comparadas com humanos fazem deles insignificantes na existência, o que é um dos terrores primais do Homem. Quanto a referências directas? Penso que não. Vamos partir para outros conceitos, mas vamos continuar um bocado na onda de tributos a coisas que nos fazem sentido, isso sim. 


M.I. - A vossa presença no Deathfest, vai ser quase como uma apresentação oficial do Ep, pelo menos para o Porto. Vão executar na íntegra? Há cartas na manga?

Nós não vemos a nossa música como algo que está estático no que está gravado, acho que faz parte de nós variar, e independentemente de Eps e álbuns que lancemos vamos sempre tocar musicas a mais, quem sabe, até tocaremos musicas que nem chegarão ao álbum e que assim fiquem únicas daquele momento, daquele concerto, entre aquelas pessoas. Tentamos sempre deixar um espaço para o inesperado.


M.I. - Após o Deathfest, quais os planos para Beyond Carnage?

Estúdio! Vamos compor até sair mais um CD! O pessoal ficou com fome e nós ficamos sedentos que nem lobos para trazer mais! As forjas de para além da carnificina vão entrar em funcionamento novamente e mais fortes que nunca!


Entrevista por Emanuel Ferreira