About Me

Entrevista aos The Dark Element

The Dark Element é o recente projeto musical liderado pela ex-vocalista dos Nightwish, Anette Olzon, juntamente com o guitarrista e compositor finlandês Jani Liimatainen, ex- Sonata Arctica. No ano de 2016, a Frontiers Records propôs a gravação e publicação de um novo álbum a Jani Liimatainen. Informando, na altura, que Anette Olzon seria a vocalista. O primeiro álbum auto-intitulado foi lançado a 10 de Novembro de 2017, gravado com o baixista Jonas Kuhlberg e baterista Jani Hurula. O novo álbum “Songs The Night Sings” recentemente viu a luz do dia e foi um ótimo motivo para a Metal Imperium ter uma conversa interessante com Anette Olzon.


M.I - Como se juntaram os The Dark Element?

A Frontiers Records pediu ao Jani para fazer um álbum com as suas músicas e queriam um cantor para o projeto. Perguntaram-me e hesitei, já que não conhecia Jani ou a sua música, também não fazia nenhuma música nova há muito tempo. Decidi arriscar e tem corrido bem.


M.I - Qual a principal diferença entre a banda The Dark Element e as bandas em que estiveste envolvida?

Não somos uma banda, mas um projeto, o que facilita muitas das vezes. Quando começámos, não havia conversas sobre tocar ao vivo, apenas gravar um álbum e para mim isso foi bom, já que não queria fazer uma tour dessa maneira, porque tenho um emprego fora da música. Portanto, apenas estar em estúdio, funcionou para mim e ainda funciona. Agora, depois de dois álbuns que têm sido bastante populares, o pedido da editora e dos fãs para tocar ao vivo tem aumentado. Eu e Jani estamos bastante ocupados e, para mim, a tour não é de grande interesse devido ao meu trabalho. O lado positivo disto é que sou livre para cantar como quero. O Jani e eu temos noção e controlo sobre o que queremos colocar no álbum, o que não aconteceu nas bandas anteriores. 


M.I - Achas que o projeto atraiu muitos ouvintes devido ao facto da Anette e do Jani terem tocado em grandes bandas como Nightwish e Sonata Arctica? Achas que, de alguma forma, isso adiciona pressão e responsabilidade extras?

Acho que os nossos fãs se interessam por tudo o que fazemos, mas acho que não é só isso. A música atrai muitos ouvintes diferentes, já que é cativante, melódica e tem aquela vibração Abba que eu acredito que muitos acham interessante. Quanto à última parte da pergunta, não vejo por que razão a nossa passagem por bandas ou carreiras anteriores e qualquer responsabilidade, teriam algo a ver com o que faço agora ou no futuro. Tanto eu quanto o Jani sempre fizemos música a vida toda e antes dessas bandas… e não será isso que nos definirá como músicos.


M.I - O que te permite refletir criativamente a dor sem te magoares mais?

Cantar sobre algo doloroso é realmente uma coisa boa e pode curá-lo, por isso é o oposto de se magoar mais.


M.I – Quando achaste que era hora de preparar um novo álbum? Porque este foi lançado exatamente (diferença de 2 dias) 2 anos após o primeiro! Foi pensado para ser assim?

Para mim e para o Jani, não havia nenhum plano para lançá-lo exatamente 2 anos depois do primeiro. Tínhamos terminado o álbum já na primavera passada, mas depende das editoras, de quando querem lançá-lo, talvez tenham planeado assim.


M.I - "The Dark Element" incluiu 11 músicas um tempo total de 51:55 e "Songs the Night Sings" inclui 11 músicas e um tempo total de 55:55. Acho que não é pura coincidência! Qual o significado?

Isso é algo que o Jani tem de responder, não eu! (risos)


M.I - Ambos os álbuns foram lançados pela Frontiers Records. Um projeto tão grande deve ter recebido imensas ofertas de editoras... por que optaram por assinar com a Frontiers, afinal?

Como disse anteriormente, este é um projeto formado pela Frontiers e é por isso que assinámos com essa editora. Se fosse eu e o Jani a começar e a enviar demos para diferentes editoras, poderia ter sido qualquer outra com a qual trabalharíamos, quem sabe? Hoje também é possível para as bandas lançarem as suas próprias músicas, fiz isso com algumas das minhas próprias músicas a solo e essa é uma boa maneira de começar. É claro que quando se tem uma boa editora que promove a música corretamente e te orienta em tudo só pode ser boa.


M.I - Conta-nos sobre o novo álbum! O segundo é uma sequência do primeiro, mas mais ousado? O que é que os fãs podem esperar disso?

É para mim uma boa sequência do primeiro. Optámos por um álbum mais pesado e mais ousado. Eu gosto muito mais deste álbum, principalmente, porque é mais pesado e tem novos elementos. Se os fãs sentem o mesmo, eu não sei, mas espero que eles gostem.


M.I - Qual das canções vos traduz enquanto banda?        

Todas elas!


M.I - Como caracterizas o estilo / som do álbum?

Metal melódico com um toque de Abba! (riso)


M.I - Afirmaste que o álbum é muito pesado, mas ainda assim hiper melódico, podes explicar melhor?

É mais pesado, mas com os mesmos refrões melódicos e cativantes e vibração, e é isso que queremos que seja.


M.I - “Silence Between the Words” é uma música linda! Foi inspirada pelas experiências da vossa vida?   

Como foi o Jani que escreveu a música, não posso dizer quais os seus significados ou sentimentos.


M.I - Como está a ser a reação ao álbum até agora?

Tem sido boa, pelo que tenho lido nas redes sociais.


M.I – Existe diferença em termos de som em relação ao primeiro álbum?        

Este tem mais elementos sinfónicos e mais pesados do que o primeiro.


M.I - Achas que o Power Metal sinfónico está a ganhar destaque no mundo da música?

Na verdade, acredito que tem sido menos popular nos últimos anos, por isso não. Os fãs que apreciam as bandas que tocam este género musical, vão ouvir e comprar os álbuns, mas os outros, provavelmente, não estão tão interessados. Qualquer género tem sempre os seus seguidores tal como o metal sinfónico.


M.I - Existem planos para uma tour a fim de promover o álbum?

Não há planos, de momento.


M.I - Deixa uma mensagem aos teus fãs e leitores portugueses da Metal Imperium Webzine.

Espero que os leitores que gostaram do primeiro álbum também gostem deste e desejo a todos um feliz Natal e um feliz ano novo!

For English version, click here

Entrevista por Susana Galveia