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Svartsyn - "Requiem" Review

O sueco Ornias é, desde 1991, parte integrante do underground musical do seu país, primeiro com os Chalice (91 – 93) e depois com estes Svartsyn. A agora one-man-band regressa neste ano de 2020 com o seu 10.º álbum de originais, uma descarga de Black Metal semelhante à que se fazia em 1993. Entenda-se: as alterações aos métodos de criação musical foram poucos, ou nenhuns. Melhor ainda, Ornias mantém-se fiél às suas composições. 

Svartsyn é daqueles projectos / bandas que, de certo modo, acaba por ser ofuscado por outros nomes, alguns  deles também suecos e que conseguiram atingir um outro nível de reconhecimento: Bandas como Marduk ou Dark Funeral, a que podemos ainda juntar a vaga norueguesa, acabaram por "fazer a vida difícil" a este músico. Ainda assim, ao longo de todos estes anos, o nível qualitativo dos seus trabalhos tem sido bastante equilibrado, mostrando-nos que quando se sabe, dificilmente se esquece. Este novo “Requiem” surge numa altura em que o Black Metal – aquele que não se diz mainstream, mas que está on fire, anyway – deu um passo num sentido distinto daquele que temos aqui. 

De que forma poderá isso ser prejudicial para este músico? Bem, de certo modo este trabalho é bastante pouco dinâmico. É inegável que a execução é o resultado de anos e anos de trabalho, mas não aporta nada de novo nem desperta no ouvinte um desejo tremendo de, sei lá… erguer os braços e prestar vassalagem a uma deidade chifruda (ler como metáfora, sff). É muito… linear e pouco memorável. Mas, para todos aqueles que continuam a ter uma crença imensa no Black Metal sueco, siga.

Nota: 7/10 

Review por Daniel Pinheiro