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Entrevista aos Lord of the Lost


Poucas são as bandas de heavy metal que são frequentemente convidadas ou conseguem conquistar um lugar no show musical mais famoso do mundo, a Eurovisão. Algumas bandas do género tomaram o palco, como os Lordi e os Lord of the Lost. A Metal Imperium teve a oportunidade de conversar com Pi Stoffers sobre a próxima trilogia, Opvs Noir. Um conjunto de três álbuns que levará a banda alemã a um som mais sombrio e pesado, com novas músicas, riffs e muito mais.

M.I. - Obrigado pelo teu tempo, espero que estejas bem!

Estou bem!


M.I. - Vamos viajar de volta a 2023. Não é a primeira vez que uma banda de rock ou metal sobe ao palco no festival Eurovisão. Como descreverias a tua experiência e a representação da Alemanha num concurso musical?

Há tantas palavras que podem descrever essa experiência. Teve um impacto maior em nós e até em mim, incluindo o sucesso da banda.
Nunca pensamos que iríamos vencer o concurso, o que, claro, teria tido um impacto muito maior. Como sabes, não vencemos, mas toda a experiência na Eurovisão foi incrível. Mesmo dois anos depois, ainda falamos sobre isso em todas as entrevistas. Não é algo mau, mas que vale a pena falar. Deu projeção ao nosso álbum Blood & Glitter e conquistamos mais fãs.
Uma coisa que sempre esqueço é que sempre iremos fazer parte da história da Eurovisão. Mesmo assim, ser uma banda de metal num programa de TV muito famoso é outra coisa. Muita gente acha que isso poderia destruir a credibilidade, mas nem sempre fomos uma banda 100% de metal e, ao longo do ano, consolidamo-nos como uma banda que pode fazer o que quiser. Ir para lá como uma banda de metal foi uma coisa boa, e tínhamos muito orgulho de representar o metal, como os Lordi fizeram em 2006. Foi definitivamente um ano muito agitado, mas ainda assim, algo para valorizar.


M.I. - O próximo álbum, Opvs Noir Vol. 1, contará com a participação de alguns artistas, como os Within Temptation. Como foi o processo de gravação?

No geral, o processo de gravação com eles foi bem diferente. Todos eles são ocupados e famosos, e convidá-los para gravar em Hamburgo era impossível.
Esse não era o problema com a tecnologia de hoje em dia, desde chamadas pelo Zoom, Google Drives e muito mais. Podes gravar em tempo real e transmitir na hora. Com os Within Temptation, o processo foi muito direto, profissional e preciso. Os vocais da Sharon combinam perfeitamente com o falsete do Chris.


M.I. - Se for apelidado de Vol. 1, o próximo será o Vol. 2, com lançamento previsto para dezembro de 2025. E o Vol. 3?

Esse também será lançado, mas o intervalo de tempo entre os volumes é praticamente o mesmo. Como disseste, o volume 2 será lançado a 12 de dezembro e o volume 3 será lançado a 10 de abril do ano que vem.
Não há um grande período temporal entre os volumes, porque se demorássemos alguns anos, não seria interessante para nós. O objetivo principal é conceber todos os álbuns como um único. Faz sentido para nós tratarmos a produção dessa forma. Se levasse dois anos, estaríamos tão perdidos, e a música não encaixava com os álbuns.


M.I. - Por que o nome Opvs Noir e quem criou o título?

Queríamos fazer este álbum mais pesado e sombrio. É mais orquestral e com variações entre black metal e até mesmo bandas sonoras de Tim Burton e Danny Elfman. É muito sinistro, estranho e experimental, e queríamos um título que se encaixasse nisso.
Além disso, o título precisa de soar algo elegante. Chris, nosso vocalista, teve a ideia de dar um nome diferente a Opvs. No entanto, quando estávamos a caminhar em dezembro de 2023, a regressar de um restaurante depois de um concerto, conversamos sobre o nome Opvs Noir, porque soava mais elegante.
Depois, pensamos que isso deveria se tornar uma trilogia. Todas as músicas começaram a fluir. Era um título provisório e não sabíamos se o mudaríamos, mas assentou muito bem.


M.I. - Para os fãs mais dedicados, o álbum será lançado com uma caixa com bastante memorabilia.

Tenho a dizer que, honestamente, não estou preparado para responder a essa questão. Temos muitas edições diferentes, desde CDs, cassetes, um vinil preto reciclado comum, um vinil cristal ou até mesmo vinil líquido (dois vinis prensados ​​um no outro). Também temos a Box Bizarre, uma lancheira escolar com um CD e uma paleta de cores sombra, já que usamos muita maquilhagem, diferentes tons de preto, cinza, prata e branco.


M.I. - Vocês estarão em tour pela América do Norte, Reino Unido e Irlanda, Austrália e Alemanha. E a Península Ibérica?

Depois da temporada de festivais, faremos uma pequena pausa. No entanto, antes da temporada de festivais, há algumas vagas para preencher.
Poderíamos colocar Portugal na lista e aparecer para atuar.

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Entrevista por André Neves