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Asphyx – "Deathhammer" Review

Uma das mais regulares bandas holandesas está de volta. Regulares nos lançamentos e na qualidade acima da média dos mesmos. “Deathhammer” não é excepção. Ninguém mistura death metal de forma tão perfeita com o doom, de tal forma que é difícil dizer onde começa um e acaba outro. Mas quando falamos de death metal, falamos da sua forma mais primitiva e… pura, se é que lhe podemos chamar assim.

Depois de um álbum muito bem aceite e que colocou a fasquia bem alto, a principal questão é saber se “Deathhammer” supera “Death…The Brutal Way”. Uma questão difícil de responder, pelo que se analisarmos a coisa cientificamente, se a fórmula for a mesma, o resultado será invariavelmente o mesmo. Metal não é uma ciência pelo que quando a fórmula é a mesma o resultado tanto pode ser bom como mau, levando à velha questão da evolução versus “if-it-is-good-don’t-fix-it”. Aqui poderá dizer-se que é mais do mesmo, mas o mesmo… é tão bom!

O trunfo dos Asphyx é mesmo esse, saber com o que se pode contar, álbum após álbum. Death metal cru mas não simplório, não é técnico mas também não é tosco. No entanto, a produção, essa, é do melhor que se tem visto e este é um daqueles aspectos que fazem toda a diferença. Temas como a faixa título impressionam pelo seu poderio e pela sua atitude “take no prisoners” enquanto outras como “Minefield” apostam mais no ambiente ameaçador do doom, nunca deixando de parte a agressividade. A passagem entre os dois estilos é uma constante e acaba por ser também um dos pontos fortes. O som é Asphyx mas à variação suficiente para que a banda mantenha as coisas interessantes sem perder a sua identidade.

Será prematuro dizer que é O lançamento do ano no que ao death metal diz respeito, mas de certeza que é uma valorosa aquisição para todos os fãs da banda (ou de Martin Van Drunen, já que ele também é vocalista dos Hail Of Bullets) e apreciadores de death/doom em geral.

Nota: 8/10

Review por Fernando Ferreira