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Spineshank - "Anger Denial Acceptance" Review


Spineshank….confesso que já me tinha esquecido completamente destes tipos. Surgidos no boom do nu-metal em finais dos anos 90, estes californianos seguiram um caminho mais próximo do metal industrial de uns Fear Factory, e ligeiramente mais pesado que os grandes nomes da concorrência (com Linkin Park e Limp Bizkit como nomes mais óbvios). Talvez por isso nunca tenham conseguido o mesmo sucesso que estes nomes, embora ainda tivessem sido nomeados para um Grammy em 2003.

Após um hiato de cerca de 9 anos, muito devido a alguns problemas no seio da banda entre eles a saída e entrada do vocalista Jonny Santos, lá voltam eles em força com este Anger Denial Acceptance. E este “em força” tem que se lhe diga, afinal de contas consta que este entre e sai do vocalista se deveu a divergências musicais referentes à falta de peso da banda nos trabalhos anteriores, ora ouvindo os primeiros momentos do primeiro tema After The End, chega-se à conclusão que o vocalista conseguiu levar a sua avante. Peso é algo que não falta aqui sem dúvida, as intensas descargas de I am Damage, The Reckoning ou God Complex (Anger) falam por si, e as linhas vocais melódicas são cada vez menos, mas ainda assim ainda há espaço para uns quantos refrões minimamente agradáveis como I Want You To Know, ou o já referido After The End. Como já devem ter adivinhado, todas estas vicissitudes colocam Anger Denial Acceptance bem mais próximo do metalcore do que propriamente do nu metal industrial de outrora.

Uma adaptação dos Spineshank aos tempos modernos? Quando cada vez mais o metalcore parece estar já na sua curva descendente, é inevitável não pensar que tarde piaram. É que mesmo este não sendo propriamente o pior dos discos, mostra aquilo que sempre foi o grande problema dos Spineshank (e de muitos outros nesta área diga-se), uma incrível falta de personalidade e incapacidade de trazer algo de novo, ainda para mais quando se fala de um dos estilos mais explorados dos últimos tempos.

Tivesse o disco sido lançado pouco tempo depois do anterior Self-Destructive Pattern, e o impacto talvez fosse maior, sendo assim não merece mais que isto.

Nota: 6/10

Review por António Salazar Antunes