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In This Moment - "Blood" Review


Os norte-americanos In This Moment começaram a dar nas vistas em 2007 com o seu primeiro álbum, praticando uma sonoridade algo próxima de uns Killswitch Engage mas com a novidade de ter uma mulher ao microfone. Num ano em que o metalcore já começava a dar sinais de cansaço, com muitas propostas que nada traziam de novo ou interessante, apareceram simultaneamente In This Moment e The Agonist, mostrando outros atributos (femininos) ao género. Portanto nada de novo musicalmente.

Maria Brink é desde o início, sem dúvida o centro das atenções dos In This Moment, sendo a face mais visível da banda e tendo mesmo ganho o título de "Hottest Chick in Metal", no Revolver Golden Gods Awards de 2010.

Musicalmente falando, a banda não é má, também não é extraordinária, mas também não é nada de se deitar fora por completo (a música).

A música dos In This Moment desenvolve-se cada vez mais em torno dos dotes vocais de Maria Brink, que goste-se ou não, apresenta vocais únicos e facilmente reconhecidos como sendo da famosa frontwoman.

No álbum de estreia como já foi dito atrás o som praticado pela banda ficava-se por um metalcore normalíssimo mas três álbuns depois, em pleno 2012, a banda voltou atrás aos anos 90, para se inspirar no metal/rock mais alternativo e mesmo industrial.

Ao ouvirmos o primeiro tema deste álbum, precisamente a faixa título,  percebemos isso mesmo, como se os In This Moment tivessem a misturar à sua sonoridade, os Otep e Marilyn Manson, o que provavelmente até nem foi propositado mas na verdade, é inegável que aqui soam algo próximos desses nomes. No resto do álbum a tendência alternativa e industrial mantém-se e é principalmente o registo agressivo de Maria Brink que predomina, embora com variações e momentos mais melódicos. O disco é algo desiquilibrado, contendo temas que se ouvem bem, como por exemplo "Adrenalize Me", "You’re Gonna Listen" e "Burn", assim como outros mais esquecíveis, sendo "Whore", "Beast Within" e "Comanche" os casos mais flagrandes.

Resumindo, "Blood" não é de modo algum um mau álbum, cumpre na maior parte do álbum a sua principal função que é a de entreter, mas por outro lado não tem a profundidade necessária para ser algo que perdure no tempo, ou que seja passível de ser ouvido várias vezes, à semelhança de algum do metal/rock mais moderno e mainstream que se faz no outro lado do Atlântico.

Nota: 6.8/10

Review por Mário Santos Rodrigues