O tão aguardado quinto álbum dos Amenra pode ser aquele que os revela a audiências mais extensa e não apenas aos seguidores de Neurosis. Poderia ser, se eles, de repente, mudassem completamente o estilo a que é a sua essência e começassem a tocar punk/pop. Quatro anos depois - seguindo também o exemplo dos Neurosis na regularidade discográfica, os Amenra voltam novamente e com tão pouca distância do regresso dos próprios Neurosis, este álbum passa - e pode ser que me engane, pode passar - despercebido. Não que haja algo errado com isso.
O problema é que as duas propostas são bastante similares e quando a primeira atinge a excelência, a segunda acaba surgir como aquele irmão mais novo que é constantemente comparado com o mais velho e que nunca consegue sair da sombra dele porque o irmão mais velho é mesmo bom. E este irmão mais velho, acabou de provar porque é tão bom, ao lançar um dos discos do ano. "Mass V" é aquilo porque todos os que esperaram quatro anos anteciparam. Quatro longas faixas que nos levam mais ao menos aos mesmos sítios - unidimensionalidade reforçada pela voz de Colin - e que o melhor momento acaba por ser a "A Mon Ame" onde se sente mais algum arrojo por parte da banda.
O quinto álbum não desilude aqueles que esperaram, talvez desiluda aqueles que ouviram falar tanto da banda e que esperava algo que chegasse ao nível de todo o falatório que têm provocado. Por isso, é melhor ouvir sem condicionalismos, sem preconceitos, e retirar daí a conclusão sobre o resultado final. Ah, e tentar evitar as comparações com o mano mais velho. Se conseguirem.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
O problema é que as duas propostas são bastante similares e quando a primeira atinge a excelência, a segunda acaba surgir como aquele irmão mais novo que é constantemente comparado com o mais velho e que nunca consegue sair da sombra dele porque o irmão mais velho é mesmo bom. E este irmão mais velho, acabou de provar porque é tão bom, ao lançar um dos discos do ano. "Mass V" é aquilo porque todos os que esperaram quatro anos anteciparam. Quatro longas faixas que nos levam mais ao menos aos mesmos sítios - unidimensionalidade reforçada pela voz de Colin - e que o melhor momento acaba por ser a "A Mon Ame" onde se sente mais algum arrojo por parte da banda.
O quinto álbum não desilude aqueles que esperaram, talvez desiluda aqueles que ouviram falar tanto da banda e que esperava algo que chegasse ao nível de todo o falatório que têm provocado. Por isso, é melhor ouvir sem condicionalismos, sem preconceitos, e retirar daí a conclusão sobre o resultado final. Ah, e tentar evitar as comparações com o mano mais velho. Se conseguirem.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
