Doomed não é mais do que alter ego do músico alemão Pierre Laube, que qual Varg Vikerness da Saxónia, é o responsável por tudo aquilo que acontece em My Own Abyss, o seu segundo disco, desde o conceito, passando pelos instrumentos e voz, até ao próprio artwork.
O que dizer desta sua criação, que já não tenha sido dito um milhão de vezes sobre…doom? É que lá muito doom é ele, que não haja dúvidas disso. Músicas carregadinhas de peso, e emoção (aqui a coisa já é mais discutível), lentinhas como mandam as regras, com a guitarra a chorar notas (de crocodilo) de profunda desolação e negrume sepulcral, e claro está, uma voz cavernosa pronta a atormentar o espirito do ouvinte, se este estiver virado para isso.
In My Own Abyss é sem dúvida um exercício exemplar de análise aos limites da dimensão humana, mais concretamente os da paciência, e de como os mesmos riffs e leads se podem miraculosamente multiplicar ao longo de uns tortuosos 64 minutos, o que só vem atestar da perseverança do músico nas suas ideias.
Um trabalho monótono e insipido, pouco recomendável a não ser como música de fundo e mesmo assim vai lá vai…
Nota: 4/10
Review por António Salazar Antunes
