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Kill - "Burning Blood" Review


Os Kill são suecos e "Burning Blood é o quarto álbum que lançam. O estilo? Black Metal bruto e sem contemplações, mantendo-se fiel às origens da chamada segunda vaga de black metal, aquele que teve origem na Escandinávia. Também se mantêm fieis às suas próprias origens já que este trabalho não se desvia nem um milimetro da sua identidade - nos tempos actuais, mesmo num estilo hermético como o black metal, é uma questão que já não é assim tão certa de acontecer.

O que se tem então é nada mais nada menos que oito faixas black metal, quase sempre full throttle, tirando a "Beckoning Grave" que cria um ambiente desconfortável com o mid-tempo nos primeiros minutos e que depois começa a aumentar o ritmo e a "Desecration Temple", que até tem algum groove gélido à la Khold, em momentos de semi-inspiração. Este factor cria alguma variedade no álbum (mesmo com grande parte dos temas a se iniciarem com feedback), variedade essa que tem o seu ponto máximo com a faixa final, "Poison Chalice", um tema de onze minutos que é a apresentação perfeita para a identidade da banda e simultanemente, o fecho de álbum perfeito.

Para quem for fã de black metal, como manda a tradição escandinava, este é o álbum ideal, apesar de por vezes parecer demasiado unidimensional, mas se assim não fosse, talvez não se encaixasse bem no estilo. O que conta sempre é a qualidade das músicas e sobretudo o ambiente que elas transmitem. Neste caso, esse ambiente é o adequado. Não é extraordinário, mas adequado. E chega.
 
Nota: 7/10

Review por Fernando Ferreira