About Me

Rebellion - "Arminius: Furor Teutonicus" Review


Quando se fala em Rebellion tem que se pensar obrigatoriamente em Grave Digger, seja por ter sido fundado por dois ex-membros (Uwe Lulis e Tomi Göttlich), seja pelo processo levantado por Lulis contra os seus ex-companheiros de banda para usar o nome Grave Digger, tendo perdido e optado pelo nome Rebellion (tema do álbum de grande sucesso "Tunes Of War"). Na verdade, além de todos estes factos, o que aproximou sempre os Rebellion dos Grave Digger, foi o seu som, a escolha de fazerem álbuns conceptuais sobre eventos históricos (exceptuando o segundo álbum, "Born A Rebel").

Sendo assim, não é difícil de perceber o que temos aqui, mesmo sabendo que Lulis já não faz parte da banda. Aliás, a formação foi renovada, ficando apenas Tomi Gottlich e Michael Seifert como membros originais. O resultado é um álbum conceptual sobre a luta das tribos germânicas que se uniram para lutar contra o Império Romano. O início com "Rest In Peace" tem ares de intro, não tendo a força necessária para abrir um álbum, não deixando de ser uma boa faixa. "Ala Germanica" redime-se desse facto, e o seu riff grita Grave Digger por todos os poros, tal como a própria prestação de Michael Seifert, a fazer lembrar Chris Boltendahl.

A sensação de Grave Digger de segunda é algo que é difícil de sacudir ao longo do álbum e embora Seifert tenha melhor voz que Boltendahl, coisa que sobressai nas faixas mais calmas ou mid tempo, como é o caso da já mencionada "Rest In Peace" ou da "The Seeress Tower" (soando nesta última muito a Matt Barlow, ex-Iced Earth), nas mais enérgicas há uma notória aproximação aquele registo de ovelha tresmalhada em sofrimento. Curiosamente são nas faixas mais poderosas onde "Breeding Hate" e "Ghost Of Freedom" se destacam naturalmente.

Apesar de todas as suas falhas, da sua colagem a Grave Digger e de alguns tiros ao lado (a faixa que fecha o álbum, "Requiem", é uma seca descomunal), é inegável de que este sexto trabalho dos germânicos Rebellion não os envergonha, nem envergonha muito menos o estilo. Apesar de não fazer, provavelmente, com que subam na classificação no que ao power metal diz respeito, é um bom e seguro álbum de heavy/power metal que irá satisfazer todos os fãs do género, mesmo que não tenha o impacto que "Clash Of The Gods" dos Grave Digger teve.
 
Nota: 7.8/10

Review por Fernando Ferreira