Segundo álbum dos belgas Saille, portadores de um interessante black metal melódico/sinfónico. Quando se fala nestas palavras, pensa-se imediatamente em nomes como Cradle Of Filth ou Dimmu Borgir e não são bem essas as influências que "Ritu" transpira. Serão mais nomes como Tartaros e Limbonic Art (com mais cuidado nos arranjos de guitarras havendo um equilíbrio entre as mesmas e os teclados) os mais correctos para figurar na lista de influências. "Blood Libel" e "Subcataneous Terror" são duas faixas interessantes que abrem o álbum com muita energia. Riffs em alternate picking com os teclados a dar o suporte necessário, conseguindo atingir aquilo que qualquer fã de black metal melódico gosta de ouvir.
No entanto, são momentos como "Fhatagn" que as coisas ficam realmente interessantes. Uma melodia macabra que vai preparando o ambiente para algo realmente intenso. Uma música lenta em que a voz ganha muita força e um daqueles exemplos em que por vez não é preciso explodir em velocidade para que as coisas fiquem interessantes. Mas mesmo quando isso acontece, como em "Upon The Idol Of Crona" e "Runaljod", as coisas acabam por ter variedade suficiente para que não se tornem aborrecidas (principalmente no segundo tema referido, em que o riff é memorável de tão viciante, um dos melhores momentos do disco).
Depois tem-se algumas faixas não tão bem conseguidas, mas que não baixam em muito a fasquia do álbum, como o tema título, apoiado em parte na mesma fórmula de "Fhatagn" mas recorrendo a blastbeats ocasionais; e a instrumental à base de teclados, "A Titan's Sacrifice" que corta um bocado o ritmo do trabalho. É um bom álbum de black metal sinfónico, dando vontade dizer que é um daqueles à antiga, mesmo que isso acarrete alguma polémica e discussão acerca do que é black metal ou não, evocando o momento em que o black metal começou a ser consumido por uma maior fatia do mercado da música pesada. Polémicas à parte, porque é a música que interessa, este segundo álbum vale por si só e é digno de ser ouvido e apreciado pelos fãs do género.
Nota: 7.5/10
Review por Fernando Ferreira
No entanto, são momentos como "Fhatagn" que as coisas ficam realmente interessantes. Uma melodia macabra que vai preparando o ambiente para algo realmente intenso. Uma música lenta em que a voz ganha muita força e um daqueles exemplos em que por vez não é preciso explodir em velocidade para que as coisas fiquem interessantes. Mas mesmo quando isso acontece, como em "Upon The Idol Of Crona" e "Runaljod", as coisas acabam por ter variedade suficiente para que não se tornem aborrecidas (principalmente no segundo tema referido, em que o riff é memorável de tão viciante, um dos melhores momentos do disco).
Depois tem-se algumas faixas não tão bem conseguidas, mas que não baixam em muito a fasquia do álbum, como o tema título, apoiado em parte na mesma fórmula de "Fhatagn" mas recorrendo a blastbeats ocasionais; e a instrumental à base de teclados, "A Titan's Sacrifice" que corta um bocado o ritmo do trabalho. É um bom álbum de black metal sinfónico, dando vontade dizer que é um daqueles à antiga, mesmo que isso acarrete alguma polémica e discussão acerca do que é black metal ou não, evocando o momento em que o black metal começou a ser consumido por uma maior fatia do mercado da música pesada. Polémicas à parte, porque é a música que interessa, este segundo álbum vale por si só e é digno de ser ouvido e apreciado pelos fãs do género.
Nota: 7.5/10
Review por Fernando Ferreira
