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Bad Religion - "True North" Review


Sabe-se que os Bad Religion têm nome no punk, como os Metallica têm no metal e em 16 álbuns, é de louvar que mesmo após alguns baixos na carreira, a banda ainda consiga fazer boas coisas. 

Diga-se antes de mais que descrever os Bad Religion não é algo que leve muitas linhas: Bons riffs, boas letras, pujança do início ao fim, e claro… atitude. Isto pode soar como algo que muitas outras bandas também têm, não é? Na verdade sim, há muita banda que consegue ser pujante e inteligente. Só que têm nomes diferentes, e os Bad Religion só merecem crédito por o serem, e por conseguirem, com o seu som, formar bandas de punk que actualmente conseguem ter mais nome do que eles. É algo um pouco frustrante, diga-se, mas em trinta e quatro anos, uma banda do género conseguir continuar como começou, como dito anteriormente, “é de se louvar”.

“True North” é o nome do álbum que consegue superar o antecessor “The Dissent Of Man”, de 2010. A faixa-título não podia ser um indicador melhor para o que é este 16º longa duração. Pelo meio, se calhar “Hello Cruel World” corta um bocado a pujança pela sua lentidão, e por ser a faixa mais longa deste registo. O resto assume-se como punk clássico, como um regresso às raízes. Especialmente este último aspecto, é o que faz de “True North” algo tão apetitoso. “Dharma And The Bomb” assume uma faceta mais experimental, enquanto o lado mais característico da banda se revela em músicas como “Robin Hood In Reverse”, “Fuck You”, “Nothing to Dismay” e mais para o final, na antémica “My Head Is Full Of Ghosts”. Há espaço para tudo, até para o menos desejável (o tal momento de “Hello Cruel World”). Mas o resto é bom. De boa qualidade. 

Com o selo do colectivo liderado por Greg Graffin. E chega. Só se espera é que não se tenha de esperar mais três anos para outro lançamento dos Bad Religion.

Nota: 8/10

Review por Diogo Marques