Ou sou eu que não ando muito por dentro do folk, ou o número de músicos deste colectivo é o que mais chama a atenção. São 13 músicos de diferentes países. Se o propósito é criar música o mais culturalmente diversa possível, não sei. Mas também não se nota muito… o que existe aqui é um folk a virar para o viking duma forma bem… casual. Não existe nada de novo aqui; não é o folk “para o bailarico”, nem o viking “que destrói cabeças”. É uma mistura normalíssima. Bons músicos e um som bastante genérico.
Sabemos que o folk anda a sofrer uma estagnação nos últimos tempos, ou por não ter graça nenhuma, ou por assumir contornos a roçar o patético sem qualquer tipo de genuinidade. Aos Folkodia cabe mais a primeira opção. Não é o folk que se procura, desafiante e pujante. É mais um folk feito de forma satisfatória, com o seu auge em músicas como “Dragonslayer” (o solo ali é o maior destaque do álbum) e “Encountering The Underworld”, esta última onde a voz feminina é bem colocada e dando alguma energia a “Battles And Myths”. Um folk/viking normal, com uns quantos bons momentos, mas no geral, mergulhado no já conhecido marasmo a que o género se atirou já há algum tempo.
É um registo com muito pouco sal e pouco sabor. Os músicos são competentes… mas os bons músicos não estão sempre associados à boa música…
Nota: 5.5/10
Review por Diogo Marques
