Primeiro álbum desta banda alemã que mistura death e thrash metal com pormenores técnicos abrutalhados (ou seja, vê-se que a banda tem técnica, tanto em termos de performance como em termos de composição, mas depois a produção é crua o suficiente para que a coisa ainda fique mais bruta, se bem que neste caso, não resulte a favor deste "New Tribe"). A introdução (sabiamente chamada de "Intro"), apostam em ritmos tribais, o que junto com o nome da banda e o nome do álbum, vêm-nos imediatamente à memória os Sepultura. Portanto liricamente temos Sepultura pós "Arise", em termos de som temos algo próximo da fase anterior antes do "Chaos A.D."
Apesar da voz de Max Cavalera não ser particularmente, sempre foi um dos pontos fortes da banda brasileira. Aqui a voz de Simon não tem o mesmo efeito, até porque não casa tão bem com o que se pode ouvir aqui, composições mais técnicas, mais... complexas. Esta dicotomia entre voz e instrumentos consegue disfarçar-se em algumas faixas, como na "My Owner" e na "Silent Earth". Por outro lado, noutras, falham completamente o alvo, sendo que o refrão da "Learn To Kill" parece algo saído dos Ten Masked Men, parecendo mais paródia que propriamente algo sério.
Como positivo temos sem dúvida o instrumental (no geral) bastante forte e apenas prejudicado pela já referida produção lamacenta, indo o maior destaque para o trabalho das guitarras, os solos da "Deadly Thinking"; a faixa título, instrumental, como um todo; ou a da inspirada "I Do It For". É uma boa estreia, prejudicada por pormenores que não resultam em pleno mas revelando talento para voos bem mais altos que o efectuado aqui, principalmente depois de se libertarem de toda imagem de tribo e as intros/outros com percussão típica de sambódromo no carnaval do Rio de Janeiro. Esperar e aguardar.
Apesar da voz de Max Cavalera não ser particularmente, sempre foi um dos pontos fortes da banda brasileira. Aqui a voz de Simon não tem o mesmo efeito, até porque não casa tão bem com o que se pode ouvir aqui, composições mais técnicas, mais... complexas. Esta dicotomia entre voz e instrumentos consegue disfarçar-se em algumas faixas, como na "My Owner" e na "Silent Earth". Por outro lado, noutras, falham completamente o alvo, sendo que o refrão da "Learn To Kill" parece algo saído dos Ten Masked Men, parecendo mais paródia que propriamente algo sério.
Como positivo temos sem dúvida o instrumental (no geral) bastante forte e apenas prejudicado pela já referida produção lamacenta, indo o maior destaque para o trabalho das guitarras, os solos da "Deadly Thinking"; a faixa título, instrumental, como um todo; ou a da inspirada "I Do It For". É uma boa estreia, prejudicada por pormenores que não resultam em pleno mas revelando talento para voos bem mais altos que o efectuado aqui, principalmente depois de se libertarem de toda imagem de tribo e as intros/outros com percussão típica de sambódromo no carnaval do Rio de Janeiro. Esperar e aguardar.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira
