Digam o que disserem, Bode Preto é um grande nome para uma banda, principalmente para uma banda de metal feio, porco, mau e bastardo. Um nome imbatível, principalmente se citado por alguém que não domine a língua portugesa. E como será fácil de calcular, são brasileiros. Também não deverá ser complicado de adivinhar o pântano lamacento onde se movem, blackened death metal ou black metal com pitadas de death metal.
Álbum de estreia com nove músícas (com a bela da intro baptizada de "Anunciação) e todas reunidas não dão mais de vinte e cinco minutos, que bate certo com as influências citadas no press release - D.R.I., Sarcófago e Von - ou seja, metal javardo e primitivo, sem grande brilho e com músicas sem grande dinâmica. No entanto, é impossível o ouvinte sentir-se enganado. A banda chama-se Bode Preto, por amor de Satã! É metal como mandam as regras primordiais, com produção podre mas simultaneamente, potente (para os padrões da podridão claro), não esquecendo que o que temos aqui é fruto de apenas duas pessoas, um baterista, Adelson Souza, ex- Grave Desecrator, e um guitarrista/vocalista, Josh S., além de ainda contar com a participação na guitarra solo de Fábio Jhasco (guitarrista dos Sarcófago na fase "The Laws Of Scourge"/"Crush, Kill, Destroy"), com resultados bem positivos.
É unidimensional, é básico, é uma daquelas piadas que contada uma vez tem graça, à segunda já não passa. Uma "piada" com vinte e cinco minutos. Por outro lado, há aqui uma honestidade contagiante em prestar tributo aos deuses do metal primitivo e podre e uma produção que, apesar de tudo, impressiona pelo seu poder. Quem não gosta dos primórdios, não tem razões para visitar "Inverted Blood", mas quem tem Von como uma das melhores coisas desde que a rodela do CD foi criada, de certeza de que vai consumir isto desenfreadamente e achar que a qualidade é bem superior. E de facto, é.
Álbum de estreia com nove músícas (com a bela da intro baptizada de "Anunciação) e todas reunidas não dão mais de vinte e cinco minutos, que bate certo com as influências citadas no press release - D.R.I., Sarcófago e Von - ou seja, metal javardo e primitivo, sem grande brilho e com músicas sem grande dinâmica. No entanto, é impossível o ouvinte sentir-se enganado. A banda chama-se Bode Preto, por amor de Satã! É metal como mandam as regras primordiais, com produção podre mas simultaneamente, potente (para os padrões da podridão claro), não esquecendo que o que temos aqui é fruto de apenas duas pessoas, um baterista, Adelson Souza, ex- Grave Desecrator, e um guitarrista/vocalista, Josh S., além de ainda contar com a participação na guitarra solo de Fábio Jhasco (guitarrista dos Sarcófago na fase "The Laws Of Scourge"/"Crush, Kill, Destroy"), com resultados bem positivos.
É unidimensional, é básico, é uma daquelas piadas que contada uma vez tem graça, à segunda já não passa. Uma "piada" com vinte e cinco minutos. Por outro lado, há aqui uma honestidade contagiante em prestar tributo aos deuses do metal primitivo e podre e uma produção que, apesar de tudo, impressiona pelo seu poder. Quem não gosta dos primórdios, não tem razões para visitar "Inverted Blood", mas quem tem Von como uma das melhores coisas desde que a rodela do CD foi criada, de certeza de que vai consumir isto desenfreadamente e achar que a qualidade é bem superior. E de facto, é.
Nota: 6.5/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira
