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Saxon - "Sacrifice" Review


Para não variar, mais uma banda de ‘velhotes’ que continua em grande! E acabados de confirmar para o nosso Vagos!

Os Saxon já nos deram quase 40 anos de uma carreira notável, com alguns álbuns clássicos que fazem parte da história gloriosa do Heavy Metal. Pioneiros do NWOBHM e modelo para muitas bandas, tiveram uma década de 80 dourada e profícua. Sem nunca terem atingido o estatuto dos monstros sagrados Iron Maiden ou Judas Priest, realmente quintetos de outra dimensão, foram uma banda sempre fiel ao género e com muito menos cedências ao ‘easy listening quase pop’ que Def Leppard, Tokyo Blade ou Girlschool, por exemplo. Tal como aconteceu com quase todas as bandas lendárias desse tempo, a década de 1990 foi a época menos conseguida em termos de inspiração. O grunge quase matou o heavy metal e poucas bandas fizeram excepção. Contudo, os lançamentos dos Saxon dos últimos anos trouxeram de volta o espírito indomável que os caracterizou nos primórdios, e “Sacrifice” é mais um bom exemplo.

A banda está coesa, os ritmos são fortes (em algumas faixas quase roçam o thrash) e os solos de guitarra voltaram a ser peças de arte dentro de uma obra maior, como nunca devia ter deixado de ser. Claro que é impossível reinventar hinos de outrora, mas, apesar de tudo, não facilitaram nem fizeram faixas ‘para encher’. Destaques do álbum: a faixa-título, rápida, forte e triunfal, (abertura de Vagos?) “Made in Belfast”, “Warriors of the Road” (demasiado orelhuda, talvez) e “Stand Up and Fight”. As restantes pouco acrescentam.

Não nos ficam dúvidas: estamos a ouvir Saxon! Um pouco mais rápido que nos anos 80 (o metal em geral acelerou tanto desde então…), com melodia, momentum e a inspiração possível.

Conclusão: vale a pena emprestar-lhe os ouvidos por umas horas e tirar melhores conclusões em Agosto!

Nota: 7.7/10

Review por Pedro Cotrim