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New Keepers Of The Water Towers - "Cosmic Child" Review


Doom. Não doom com tendências góticas (e parafraseando Seinfeld, não que haja algo de errado com isso), mas aquele doom com base em riffs, a importância do riff. Mas o que distingue os suecos New Keepers Of The Water Towers é uma abordagem progressiva que assenta com uma luva ao seu som. Ao seu segundo álbum, o grupo atinge um nível de excelência que muitas bandas passam uma carreira inteira à procura. O feeling progressivo e psicadélico são realmente uma mais valia - "Visions Of Death" parece que é uma cover de uma música dos King Crimson gravada nos anos setenta mas que nunca foi lançada.

Em seis músicas os New Keepers Of The Water Towers percorrem com excelência várias paisagens, nunca esquecendo a importância do riff, a importância da melodia da voz e a ambiência com arranjos do outro mundo, o que faz com que refrões como "Pyre For The Red Sage" sejam absolutamente arrepiantes. É o tipo de música que faz com que o ser humano se sinta abençoado por nascer na época em que obras como esta estão ao seu alcance. É este o tipo de alcance que uma obra como "Cosmic Child" tem. É este o seu poder.

Sem nunca se tornar aborrecido, apesar de algumas músicas de longa duração (duas a passar a marca dos dez minutos, uma a chegar lá próximo), não há nem um momento em que possa descair para o aborrecimento. Pelo contrário, tudo flui de forma perfeita, tudo encaixa na perfeição e não é necessário haver grandes complicações. Tudo é simples, de uma forma perfeita, tudo faz sentido. Como a vida em si.


Nota: 9.5/10

Review por Fernando Ferreira