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Replica - "The Bright Side Of Death" Review


A capa sugere algo próximo do thrash/crossover, no entanto o som dá uma ideia de ser sueco, o que hoje em dia quer dizer que é algo bastante próximo do metalcore. A voz de Alexander Krumenacker reforça essa ideia já que alterna entre dois registos, o mais gutural e o mais gritado, ambos bastante comuns ao livro de regras do metalcore. O problema das modas que morrem, ou neste caso, definham, é que podem gerar-se algumas injustiças. Por exemplo, ao dizer que o som de "The Bright Side Of Death" lembra metalcore, metade dos leitores de certeza que desistiu de ler e já riscou os Replica da sua lista de bandas a conhecer - caso não a conheçam ainda, visto que este é o terceiro álbum do quinteto austríaco.

Nada mais injusto. É certo que tem-se aqui muito daquilo que compõe o metalcore mas também é certo que as malhas debitadas são viciantes. O poder inicial de "Nothing As Emptiness" torna-a irresistível, assim como os solos de malhas como "Living In Bondage", "Death By Command" ou "One Mile Down" acentam como uma luva. O fã de música pesada que se preze não quer saber de rótulos. Se tiver solos de guitarra com acentuado feeling metálico, esse é sem dúvida, um ponto a favor.

Nem tudo é perfeito, e certas soluções (ou deverá dizer-se... tiques?) começam a tornar-se enfadonhos, principalmente a nível rítmico, mas seja como for isso não apaga que este terceiro álbum seja um que qualquer fã de thrash/death/metalcore/whatever metal aprecia ouvir. Apenas há que ouvir a música pela música e os Replica asseguram qualidade ao longo dos trinta e seis minutos que compõe "The Bright Side Of Death".
 
Nota: 7.6/10

Review por Fernando Ferreira