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Entrevista aos Burn Damage


Os Burn Damage são uma banda lisboeta que já tem actuado ao vivo em imensas ocasiões. No dia 2 de Junho, estes irão apresentar o seu EP ao público do metal, juntamente com outros convidados especiais. A Metal Imperium esteve à conversa com a banda sobre este evento de lançamento do EP e outras curiosidades relativas ao seu trabalho.


M.I – Antes de mais nada, como é que surgiram os Burn Damage e a ideia para o nome da banda?

Burn Damage surgiu de um side project de 2008 apelidado de Tri-Angle, que era constituído por 3 irmãos da musica, o Nuno na guitarra , a Sílvia no baixo e o Alex na bateria. Passados alguns ensaios surge a vontade de levar isto como uma banda a sério e surgiu os Burn Damage com a inclusão de uma voz, o Gonçalo Luís. Depois de 3 anos de muitos concertos, muitas experiências de norte a sul do país e baquetas partidas, sofremos uma alteração na banda e inevitavelmente o nosso frontman saiu, e como em qualquer banda, é uma baixa que nos levou á estaca zero e a reformular tudo outra vez. Em 2011 surge a pequena grande Inês que nos surpreendeu logo desde o 1º ensaio com a sua voz poderosa/agressiva e paixão pelo metal. Ela era a verdadeira peça que nos faltava dando uma nova vida e identidade á banda, por isso reformulámos o repertório, mudámos a afinação e começamos quase do zero, compondo novos temas ainda mais agressivos e poderosos dos que tínhamos. Desde essa altura não parámos de lutar pelo que amamos: O metal. Basicamente o nome da banda surgiu através da combinação de duas palavras onde uma significa "queimar" e a outra "estrago". O nosso grande objectivo basicamente é deixar a marca por onde passamos !! Quando tocamos ao vivo, fazemos com que o nosso som marque as pessoas que nos vêem, como se fosse uma “queimadura” e que ficasse para sempre gravado nas pessoas, mas claro sempre de uma forma positiva. 


M.I. – Falando, então, do vosso EP, o que é que nos podem dizer acerca deste? O que podemos esperar?

Para começar podemos dizer que este e.p para nós é o concretizar de um grande sonho, que é o de deixar a nossa marca no metal nacional, é um e.p que nos representa muito bem a nossa imagem musical variando dos riffs rápidos ao "peso" e ao groove. O e.p chama-se REBORN, pois é o símbolo do nosso renascimento como banda !!!


M.I - Que tipo de temas decidiram encaixar?

O primeiro tema é o nome do EP, "Reborn" um tema straight to the point, depois viajamos pela Scars of Life um tema forte e rápido cheio de balanço, Addict uma malha punk/metal com uma letra fortíssima sobre a luta pessoal contra o vício, Burn em´all um som "sempre a abrir" com uma participação muito especial do Tião (frontman/guitarrista de Prayers of Sanity) onde faz um solo virtuoso de guitarra e do Guilherme (vocalista de Purusha) que participa nos chorus no refrão. Decidimos colocar só um som do passado a “Total Chaos”, porque em primeiro lugar não cortamos com as nossas raízes e em regra costuma ser o nosso último tema ao vivo pela influência punk/hardcore que tem e por exactamente ser uma música forte e cheia de personalidade.



M.I – No dia 2 de Junho vão actuar na Academia Joaquim Xavier, em Lisboa, onde vão apresentar o vosso novo trabalho. Quais são as expectativas?


Bastante altas mas sempre sempre com os pés bem assentes na terra, mas esperamos que seja uma tarde cheio de música variada, com boas bandas e que se torne numa grande festa de lançamento. Estão todos convidados a comparecerem neste evento.


M.I. – Contudo, não se trata do vosso primeiro concerto. Já actuaram antes ao vivo. Como é que têm sido as reacções, até agora?

Até ao momento têm sido sempre bastante boas menos quando o público nos pede o Ep e dizemos que não temos…aí ficam chateadas mas a partir do dia 2 isso acabará.


M.I. – Quais são as vossas maiores inspirações/influências musicais?

São bastante variadas. Uma das coisas mais curiosas em relação a nós é o facto de que cada um tem um estilo muito próprio, isto é, todos temos gostos diferentes e acabamos por ter influências diferentes, acabando por culminar, na nossa opinião, num resultado bastante satisfatório! Mas enumerando alguns nomes, os principais são: System of a down, Pantera, Hatebreed, Entombed, Arch Enemy, Deftones, Deicide e Slayer.


M.I. – Como encaram o desafio de ser uma banda de metal em Portugal? O que acham do estado actual do metal nacional?

De uma forma positiva, sabemos que não é fácil , que não existem apoios nenhuns e que desistir é sempre a opção mais fácil..nós escolhemos a opção mais difícil, a de ser uma banda de metal em Portugal!

Entrevista por Daniela Freitas