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Shining - "One One One" Review


Após o grande impacto e sucesso do álbum de 2010, “Blackjazz”, os noruegueses Shining estão de volta, em 2013, com uma nova proposta de originais. “One One One” é o título do mais recente registo desta banda que continua a revolucionar a música, quebrando os padrões mais tradicionais e “quadrados” praticados por um longa legião de puristas da causa do Heavy Metal.

Em primeiro lugar, é importante dizer que a música dos Shining, ultrapassa facilmente as expectativas de qualquer ouvinte, simplesmente porque a habilidade e genuinidade com que é feita, não está ao alcance de qualquer alma do reino dos mortais. Os Shining são uma daquelas bandas que surpreendem e, seja o que for que estejamos à espera, conseguem sempre demonstrar algo mais do que alguma vez esperamos. O que aqui parece fácil é com certeza fruto de muita genialidade do Sr. Jørgen Munkeby, que há muito já nos habituou às suas demências sónicas!

“One One One” mantém o formato industrial, rockeiro, caótico, jazzístico que o seu predecessor “Blackjazz”, contudo a grande diferença é que se apresenta muito mais polido nas suas várias vertentes musicais. Os temas do álbum estão mais acessíveis, são de mais fácil digestão e consequentemente de audição, mas atenção a banda não perdeu o seu fulgor, apenas soube e muito bem, harmonizar o seu caos mais distorcido. Diria que na vertente comercial, este regresso dos Shining demonstra uma banda mais madura e com as suas ideias mais definidas. Os temas que são propostos são pesados, disso não restam dúvidas, mas, em simultâneo, este peso é conduzido por linhas mais melódicas, raivosas e repletas de dinâmicas arrítmicas que nos partem todos os ossos do corpo em momentos de aceleração que desafiam as mais complexas leis gravíticas.

Parece-me que os Shining acabam de virar uma nova página na sua musicalidade e este “One One One” é bem prova disso!

Nota: 8.7/10

Review por Pedro Pedra