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Bring Me The Horizon - "Sempiternal" Review


Antes de mais, quem diria que os mesmos tipos que fizeram “Count Your Blessings” (traduza-se: “colectânea de gritos de amuo pelos pais não os deixarem ir à farra nessa noite”) emergissem em 2011 com a bomba que foi “There Is A Hell, Believe Me I’ve Seen It. There Is A Heaven, Let’s Keep It A Secret”. Aí estava o melhor registo sem a mínima margem para dúvidas, e pensava-se que o colectivo a que pertence o controverso vocalista Oliver Sykes não podia ir mais longe.

Este ano surgiu “Sempiternal”. Um registo mais antémico, que deixa grande parte da selva de sonoridades que foi o álbum antecessor. Aliás, antémico merece um sublinhado. Porque tudo o que está aqui fica na cabeça, dificilmente sai, e só prova que apesar do look, a banda prima pelo talento que têm enquanto compositores.

O álbum começa com uma sentida “Can You Feel My Heart”, onde se nota logo a importância que os sintetizadores têm neste registo. De seguida, “House Of Wolves” acelera um bocado mais o passo, sem nunca abrandar a vertente orelhuda que aqui marca presença. Tire-se o chapéu à mestria da sentida “Sleepwalker”, ou do murro no estômago que é “Anti-Vist”, onde se torna quase impossível não ter na cabeça o tal “Middle fingers up, if you don’t give a fuck”. A terminar, “Hospital Of Souls”, que já não é tão memorável e que leva o seu tempo a entrar, mais rica em diferentes texturas.

“Sempiternal” é um álbum emotivo, antémico e exemplar. Apesar de ser algo mais radio-friendly, é inegável a qualidade, e o talento composicional dos membros da banda de Sheffield. Estrearam-se mal, continuaram mal, reergueram-se, deram um passo ainda maior. Assim é a carreira dos Bring Me The Horizon. E esperemos que o outro passo seja ainda maior. E o outro a seguir ainda maior. E assim por aí fora…

Nota: 8.8/10

Review por Diogo Marques