O estilo crossover foi grande nos anos oitenta e só no novo milénio voltou às luzes da ribalta através de bandas como Municipal Waste, que juntavam ao feeling de diversão do punk/hardcore à violência do thrash. Os Power Trip, com o seu primeiro álbum, acabam também por apostar no mesmo estilo, com a fórmula ligeiramente alterada, juntando a violência do punk/hardcore com a violência do thrash/death - a voz de Riley Gale e a produção crua mas mesmo assim poderosa.
Os norte americanos pegam na fórmula bruta de Suicidal Tendecies em "How Will I Laugh Tomorrow/Feel Like shit...Déjà Vú" (sem as baladas), juntam-lhe o tal elemento death metal, o elemento de thrash primitivo que cheira descaradamente à década de oitenta, e o resultado é "Manifest Decimation". Tem a seu favor uma vantagem em relação à concorrência retro/crossover - os temas são maiores em termos de duração e são apenas oito, o que não gera enfartamento enquanto se está a ouvir. No entanto, há um problema do qual não se conseguem escapar - o facto das músicas não ficarem na memória.
Riffs que têm groove o suficiente, solos que quase obrigam ao hair guitar, mas mesmo assim, não há nada que facilite a memória na hora do balanço. E tal não melhora com as consequentes audições. Mas mesmo assim, esta aposta da Southern Lord (que estão mesmo a surpreender tudo e todos com a abertura do leque das suas contratações) não é um tiro ao lado. Será mais uma aposta para o futuro, porque pelo o que é mostrado aqui, parecem haver condições para que haja uma banda a surpreender no futuro próximo.
Nota: 6.5/10
Review por Fernando Ferreira
Os norte americanos pegam na fórmula bruta de Suicidal Tendecies em "How Will I Laugh Tomorrow/Feel Like shit...Déjà Vú" (sem as baladas), juntam-lhe o tal elemento death metal, o elemento de thrash primitivo que cheira descaradamente à década de oitenta, e o resultado é "Manifest Decimation". Tem a seu favor uma vantagem em relação à concorrência retro/crossover - os temas são maiores em termos de duração e são apenas oito, o que não gera enfartamento enquanto se está a ouvir. No entanto, há um problema do qual não se conseguem escapar - o facto das músicas não ficarem na memória.
Riffs que têm groove o suficiente, solos que quase obrigam ao hair guitar, mas mesmo assim, não há nada que facilite a memória na hora do balanço. E tal não melhora com as consequentes audições. Mas mesmo assim, esta aposta da Southern Lord (que estão mesmo a surpreender tudo e todos com a abertura do leque das suas contratações) não é um tiro ao lado. Será mais uma aposta para o futuro, porque pelo o que é mostrado aqui, parecem haver condições para que haja uma banda a surpreender no futuro próximo.
Nota: 6.5/10
Review por Fernando Ferreira
