É difícil não ficar fascinado quando aparece uma mulher que canta ou grita de forma similar àquela que Kurt Brecht imortalizou nos discos dos D.R.I. e é o que temos aqui, no álbum de estreia dos norte-americanos Serpent Crown. Originalmente um duo, composto por Dara Santhai (vocalista e guitarrista) e por Ben Richardson, baterista que também gravou o baixo na primeira demo. Will Carrol dos Death Angel (e que tem no currículo bandas como os Vicious Rumors e os Machine Head) acabou por substituir Richardson, durante quatro anos mas teve que abandonar devido aos compromissos com os Death Angel, que ainda participou nas gravações do álbum de estreia. A formaçção completa-se com Dave Dinsmore, ex-Unida.
Uma coisa tem que ser esclarecida, antes de mais. Chamar um álbum a um conjunto de seis músicas em vinte e oito minutos é um pouco abusivo. Independentemente da qualidade da banda e/ou das composições, será sempre um mini-cd e não um verdadeiro álbum. Posto isto fora do caminho, temos aqui um heavy/thrash de respeito, com um certo e modesto virtuosismo na guitarra que é possível que surpreenda alguns, sem deixar de ser o petardo sujo e cru. E é impossível não se sentir contagiado tanto pela potência como também pelo feeling.
Isso não impede que surjam outras questões, como o facto de que a voz de Dara começar a enjoar assim que se chega a meio. Considerando a duração do álbum, não é nada bom. Seria bom introduzir alguma variedade nas linhas vocais, tal como acaba por acontecer ligeiramente no início da "Children Of The Night". No entanto, para quem gostar do som podre (no bom sentido) e que não se importe com o registo vocal, esta poderá ser uma boa maneira de passar meia-hora com thrash metal feio, porco, sujo e mau. É pena é o vazio que fica no final, quando o silêncio se instala, que mesmo assim, não dá vontade de voltar a colocar no play.
Uma coisa tem que ser esclarecida, antes de mais. Chamar um álbum a um conjunto de seis músicas em vinte e oito minutos é um pouco abusivo. Independentemente da qualidade da banda e/ou das composições, será sempre um mini-cd e não um verdadeiro álbum. Posto isto fora do caminho, temos aqui um heavy/thrash de respeito, com um certo e modesto virtuosismo na guitarra que é possível que surpreenda alguns, sem deixar de ser o petardo sujo e cru. E é impossível não se sentir contagiado tanto pela potência como também pelo feeling.
Isso não impede que surjam outras questões, como o facto de que a voz de Dara começar a enjoar assim que se chega a meio. Considerando a duração do álbum, não é nada bom. Seria bom introduzir alguma variedade nas linhas vocais, tal como acaba por acontecer ligeiramente no início da "Children Of The Night". No entanto, para quem gostar do som podre (no bom sentido) e que não se importe com o registo vocal, esta poderá ser uma boa maneira de passar meia-hora com thrash metal feio, porco, sujo e mau. É pena é o vazio que fica no final, quando o silêncio se instala, que mesmo assim, não dá vontade de voltar a colocar no play.
Nota: 5.5/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira
