A maneira como se vê o tempo é engraçada. Apesar das propostas pioneiras do género tenham surgido no início do presente século, apenas meia dúzia de anos mais tarde se começou a popularizar o termo metalcore e apesar desse curto espaço de tempo, as editoras encharcaram o mercado com tantas propostas similares que agora, só a breve menção do termo faz causar nauseas aos mais sensíveis. Os Six Reasons To Kill não são novatos e até andam por cá desde o início de tudo, sendo uma das banas pioneiras do estilo na Alemanha e tendo lutado incansavelmente pela sua arte e "We Are The Ghosts" é o seu quinto álbum.
Havendo portanto experiência e legitimidade suficientes para que este álbum seja encarado de forma diferente, com mais compreensão, do que aquela que o estilo tira ao ouvinte mais saturado por defeit o, na verdade, tal é difícil de acontecer pelo menos o suficiente para valorizar de forma irrepreensível as dez músicas aqui demonstradas. Há no entanto uma certa vontade de ir buscar outras influências, de demonstrar outras coisas. Músicas como a "God Of The Dead", por exemplo, tem um ambiente ameaçador e próximo do death metal mais atmosférico do que o que seria esperado inicialmente - não indo tão longe como dizer que têm influências de black metal como está descrito no press-release.
Tirando esses pormenores aqui e ali ("Betrayer"), o que resta é um álbum convencional de Metalcore que agradará quem gosta do estilo e não converterá quem não o aguenta ouvir. É um síndrome do qual os Six Reasons To Kill ainda não conseguem escapar aqui - também resta saber se o querem fazer. De qualquer forma, não deixa de ser admirável a dedicação tanto ao estilo que sempre tocaram como a vontade de tentar introduzir alguns elementos novos, por muito ténues que sejam, na sua música.
Nota: 6.5/10
Havendo portanto experiência e legitimidade suficientes para que este álbum seja encarado de forma diferente, com mais compreensão, do que aquela que o estilo tira ao ouvinte mais saturado por defeit o, na verdade, tal é difícil de acontecer pelo menos o suficiente para valorizar de forma irrepreensível as dez músicas aqui demonstradas. Há no entanto uma certa vontade de ir buscar outras influências, de demonstrar outras coisas. Músicas como a "God Of The Dead", por exemplo, tem um ambiente ameaçador e próximo do death metal mais atmosférico do que o que seria esperado inicialmente - não indo tão longe como dizer que têm influências de black metal como está descrito no press-release.
Tirando esses pormenores aqui e ali ("Betrayer"), o que resta é um álbum convencional de Metalcore que agradará quem gosta do estilo e não converterá quem não o aguenta ouvir. É um síndrome do qual os Six Reasons To Kill ainda não conseguem escapar aqui - também resta saber se o querem fazer. De qualquer forma, não deixa de ser admirável a dedicação tanto ao estilo que sempre tocaram como a vontade de tentar introduzir alguns elementos novos, por muito ténues que sejam, na sua música.
Nota: 6.5/10
Review por Fernando Ferreira
