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Entrevista aos Envinya


Em 2007, lançaram 3 demos; em 2009, um EP. No passado dia 23 de Janeiro, os alemães Envinya lançaram o seu primeiro álbum. A Metal Imperium esteve, assim, à conversa com esta banda, procurando desvendar algumas curiosidades relevantes, já que um primeiro álbum é sempre um marco especial na carreira de qualquer banda.

M.I. – “Inner Silence” é o título do vosso trabalho. Em primeiro lugar, o que aborda este? A que silêncio interior se referem?

Nós falamos sobre aquele silêncio que cada pessoa só encontra dentro de si. Um lugar onde se pode descansar ou se podem encontrar respostas que tenham a ver com a vida de cada um ou o modo de viver. Cabe a cada um decidir como é que o seu "silêncio interior" ou o seu "lugar interior" irá parecer.


M.I. – Que tipo de temáticas decidiram encaixar neste trabalho?

Nos nossos temas descrevemos o possível abismo emocional na mente das pessoas. Por exemplo, uma relação quebrada ou o perder de quem se ama. Mas nós tentamos mostrar que há sempre uma luz ao fundo do túnel. Eu tive várias experiências más no passado, por isso, eu sei do que estou a falar. Finalmente continuo aqui.


M.I. – Como definiriam a sonoridade deste trabalho?

Eu descrevo como metal mordeno com velhas raízes. Eu sei que as pessoas precisam de algumas comparações. Bem, talvez a sonoridade de Envinya seja uma mistura entre Metallica, In Flames e Nightwish antigo.


M.I. – Donde surgiu a ideia para a capa do álbum? O que representa esta e como se relaciona com o conceito do álbum?

O nosso designer, Jan Yrlund, tratou da capa do álbum. Dei-lhe algumas ideias e direccionei-o. Uns dias depois, ele mandou-me a fotografia com a ilha e a árvore e eu fiquei muito entusiasmado. Ele seguiu precisamente o que eu tinha em mente.


M.I- São uma banda nova no panorama musical. Como estão a ser recebidos, até agora?


Nós temos recebido alguma atenção dos media e algum feedback dos fãs espanhóis e América do Sul, o que é muito interessante, pois eu gosto de ter contactos um pouco em todo o mundo. Mas acho que precisamos de mais álbuns para chamar mais a atenção. Há muitas bandas novas a vir ao de cima por aí. Por isso, continuaremos a escrever bons temas e eu acho que (e espero que) a nossa qualidade seja tida em conta.


M.I. – Costumam ouvir outras bandas de female fronted metal? Se sim, quais?

Eu não gosto da sonoridade habitual do female fronted metal, porque para mim apela muito ao pop. A maior parte dessas bandas são muito lentas, ou seja, não são pesadas o suficiente. Mas eu sou um grande fã de Nightwish, mas somente com a voz da Tarja.


M.I. – Cada banda é uma banda e é especial à sua maneira, mas de que forma querem os Envinya deixar a sua marca no metal?

Nós tentamos fazer o nosso tipo de Metal. Pesado, melódico e, se possível, intemporal. Seria muito bom se as pessoas dissessem "Hey aquilo soa a Envinya". Talvez um dia consigamos atingir este objetivo. Entretanto, fazemos as nossas músicas. Eu sou velho o suficiente pare ter a minha ideia de como o Heavy Metal deve soar-me. Estou de momento a trabalhar nisso. (risos)


M.I – Vamos à pergunta final que vos permitirá sonhar um bocadinho. Desejos para a banda que gostavam de ver realizados?

Eu sonho um dia poder tocar à frente de uma enorme multidão onde só estejam maníacos por Envinya. E quero que todos os meus sonhos se realizem. Obrigado pela entrevista.

Entrevista por Daniela Freitas