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Debauchery - "Kings Of Carnage" Review


Os Debauchery são alemães e apresentam-se com um som poderoso neste "Kings Of Carnage"  que tem tanto de death metal como de hard rock, dois estilos que até combinam muito bem os dois juntos (há quem também o chame de death'n'roll). Por incrível que pareça, este é já o oitavo álbum (!) da banda germânica. Apesar do nome familiar, não deixa de ser algo supreendente encontrar uma banda que não se conhece bem que chega ao oitavo álbum. Em termos de imagem, à primeira vista, a avaliar pela capa, parece que estamos perante uma versão mais sanguinária dos Lordi ou dos Gwar. Quando a imagem é forte, é de desconfiar da qualidade da música.

O que se tem aqui é um som moderno e poderoso que tem elementos de death metal, thrash e melodias próprias de hard'n'heavy. Normalmente quem gosta de death metal, não acha piada a isto, por considerar demasiado melódico, assim como que todos os apreciadores do som mais tradicional não conseguem passar por cima da voz gutural ou dos ritmos death/thrash. E para aqueles que apreciam ambos estilos, será que a forma como os Debauchery debitam a música é capaz de os apaixonar? Talvez, dependendo sempre da forma como a abordagem a este álbum é feita.

Fica a ideia de que por vezes os Debauchery são uma espécie de paródia ao metal como um género - as letras como as de "Killer Beast" e "Let There Be Blood" são o que parecem sobras de poemas que os Manowar não quiseram empregar por não ter palavras como "Vallalha" - e não se sabe se será para levar a sério ou não, tendo um pouco de síndrome de Die Apokalyptschen Reiter. Musicalmente, apesar de alguma simplicidade, há definitivamente um feeling descontraído que contagia - o tema título parece uma mistura entre Accept , com AC-DC coverizados pelos Six Feet Under.

Não será o álbum do ano, nem tão pouco do mês mas é inegável a boa onda que estes alemães malucos conseguem transmitir na maioria das suas músicas, sendo um bom álbum para passar num qualquer convívio de amigos, não sendo para ouvir muitas vezes mas algumas. Acaba por ter mais consistência do que as duas bandas mencionadas no primeiro parágrafo, onde a música não é descartável, secundária em relação à imagem. Bom som, boa onda, vale a pena conhecer.
 
Nota: 7/10

Review por Fernando Ferreira