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Death Angel - "The Dream Calls For Blood" Review


Os Death Angel são um caso curioso de bandas que voltaram e que conseguem resultados bem mais satisfatórios no seu regresso do que na sua primeira metada da carreira. Com um álbum de estreia clássico e intocável, a verdade é que depois disso, o percurso da banda foi descendente até terminarem a carreira no início dos anos noventa. Com o regresso, o percurso tem sido o inverso. Desde o morno disco de regresso em 2004 até "Relentless Retribution" já de 2010, tem-se visto uma força e qualidade crescente na banda, por isso as expectativas para este "The Dream Calls For Blood" eram consideravelmente altas.

"Left For Dead" dá o início a quase cinquenta minutos de thrash metal da Bay Area puro e duro. "The Dream Calls For Blood" é um desfilar de clássicos que parece que já estão connosco desde sempre o que poderá desiludir aqueles que esperavam algo mais. O que se pode ouvir aqui não difere muito à fórmula do álbum anterior, o que até acaba por ser uma decisão inteligente - em equipa que ganha não se mexe. Dificilmente se conseguirá agradar a todos, já que se mudar a fórmula estão a inventar, se não arriscarem, estão a estagnar. No final, o que interessa é a própria satisfação dos músicos e este trabalho parece genuinamente honesto desse ponto de vista, e como consequência, consegue provocar uma boa dose de headbanguing.

Nem sempre a coisa resulta e algumas vezes, apesar da qualidade dos solos, há pelo menos uma faixa que é aborrecida pela forma como as suas ideias são exploradas, sendo "Succubus" o momento mais baixo do álbum. No entanto, o saldo geral é positivo sendo que apesar de neste momento apenas ter um membro fundador, o guitarrista responsável pelo brilho do álbum, Rob Cavestany, e Mark Osegueda como segundo mais antigo, ele que foi vocalista da banda desde o primeiro álbum. Esse facto não se nota na música, já que a mesma soa coesa e determinada a mostrar uma banda que está por cá durante muitos mais anos. Um bom regresso.
 
Nota: 8.1/10

Review por Fernando Ferreira