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Enshine - "Origin" Review


Se há algo que posso dizer do primeiro longa-duração do duo franco-sueco Enshine, é de que se trata de um disco com um certo nível de qualidade difícil de superar… pela própria banda. Dito assim até parece que é uma coisa muito má, mas, na verdade, a música dos Enshine até é bastante agradável, o que também não significa que seja algo de incrível.

O que podemos esperar da composição sonora dos Enshine são bons riffs de melodeath que também conseguem ser pesados e arrastados o suficiente para terem um aroma doom, um acompanhamento sempre presente de teclados e uns quantos solos orelhudos. Fazem lembrar uns Swallow The Sun e não é preciso chegar longe dentro de “Origin” para perceber que a música lá contida, se bem que nada má, não passa de um certo nível e já se fica a adivinhar o resto do disco.

Contudo, o interessante é que, mesmo a meio do disco, o caso muda de figura: temas bem mais fortes que os anteriores como “Ambivalence”,”Nightwave”, “Above Us” (tema com o solo mais intenso de todo o álbum) e a outro “Constelation” mostram que os Enshine até sabem criar música com potencial para irem mais longe, ao mesmo tempo que expõem que 4 em 9 faixas são de maior qualidade quando comparadas com as restantes, especialmente quando começam a surgir a meio do álbum e quase que se vão seguindo umas às outras.

As duas cabeças responsáveis pelos Enshine: Jari Lindholm e Sebastien Piérre sempre figuraram em bandas de doom/death melódicas como Slumber e Cold Insight, logo não é surpresa nenhuma que “Origin” soe ao que soa, mas também podiam ter pegado na sua experiência de carreira e tê-la aplicado melhor de maneira a conceberem um disco mais uniforme.

Nota: 6.8/10

Review por Tiago Neves