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Merciless Terror - "Vile Extinction" Review


O Reino Unido parece apostado a querer recuperar a sua importância no ranking da música pesada, sendo que dificilmente se repetirão os momentos vividos na década de setenta, oitenta e inícios da de noventa. Os Merciless Terror são originários de Nottingham e trazem-nos um death metal bruto, sem dar espaço para respirar. Pelo menos é o que se sente, assim que a "Doctrine Of Malevolence" explode nas colunas - a um certo volume de som, e não deve ser preciso muito, de certeza que explode com as colunas - sabe-se que há aqui algo de especial. Ao primeiro álbum, os britânicos provocam tanto caos, que até o túnel do canal da mancha deve ter rachado.

O que impressiona logo à partida é o trabalho de bateria por parte de Michael Brush. Blastbeats, pedal duplo, técnica e força. Depois o trabalho de guitarras de Luke Tasker, quer nos ritmos frenéticos, quer nos solos alucinantes. A questão que se impõe é... Será que basta ter cerca de trinta e cinco minutos de brutalidade para que se tenha um grande álbum? A resposta é simples... claro que não! Por quem nos tomam, alguns rebeldes sonoros que gostam de violência pela violência? O que faz de "Vile Extinction" um álbum acima da média é o simples facto de que mesmo sendo uma proposta unidimensional de death metal brutal, há mesmo assim uma certa dinânima que os álbuns de Lockup, para citar um exemplo rápido, nunca tiveram.

Desde a intro instrumental, "Omicide 00.00" e à "Dystopica Visions", também instrumental de extremo bom gosto, até a bujardas in-your-face com grandes solos como "Enraptured" ou "World Desolation", que se prova que é possível juntar o extremo com extremo bom gosto. Estes britânicos são brutos mas não são nenhuns toscos. É certo que um álbum como estes só agradará aos fanáticos de death/grind, mas é um género que dificilmente cruza essa fronteira e se cruzar, não se trata de death/grind e sim de outra coisa qualquer. Um bom primeiro álbum e uma banda a acompanhar dentro do género.
 
Nota: 8/10

Review por Fernando Ferreira