Ok, isto é inesperado. Além de ter sido lançado pela Indie Recordings, casa de bandas como Cult Of Luna, Solefald ou Vreid, eis que temos um álbum ao vivo dos Oslo Ess, uma banda de rock/punk (ou será rock/pop) que consiste em treze músicas com arranjos acústicos. A banda é norueguesa e até se percebe a aposta, mesmo que estilisticamente não esteja em nada relacionada com o resto do seu catálogo. E com as escolhas editoriais de cada um, ninguém tem nada a ver. No entanto, analisando a coisa do ponto de vista puramente comercial, este deverá ser um álbum para consumo interno, não só pelo potencial da banda no mercado nacional (com dois álbuns no top 10 norueguês, o primeiro lançado em 2011 e o segundo lançado em 2012), mas também pelo facto de todas as músicas serem cantadas na língua nativa e sobretudo devido ao circuito de distribuição da editora não ser muito receptivo (certamente) a este tipo de proposta.
Rock/punk/pop cantado em norueguês não é coisa que agrade ao metaleiro ávido de barulho e emoções fortes. Musicalmente não se pode falar que esteja aqui seja uma aberração. Pelo contrário. Músicas bem construídas, melodias catchy e até apetece cantar de vez em quando, apesar de não se perceber peva do que raio se está para ali a cantar. Será certamente - calcula-se - um sucesso nas rádios norueguesas, mas é o tipo de música descartável que polui as nossas rádios. É certo que não seria mau pensado ouvir uma "Ta Hva Du Vil", só para desenjoar das Rihannas e Brunos Mars desta vida, mas para isso acontecer, mais valia apostar mais na música portuguesa, que tem coisas tão descartáveis como estas - já que é para nivelar a qualidade por baixo.
Tudo bonitinho, tudo engraçadinho, tudo certo para arrecadar uns trocos que isto de lançar álbuns de metal extremo não deve por comida na mesa de ninguém. Gravado no Inverno, uma forma de comemorar os 199 concertos que gravaram num ano (daí o título do disco) juntando o facto dos fãs pedirem insistentemente por um disco acústico. Não será certamente um lançamento que interessará para quem gosta de algo mais intenso, complexo, contéudo. Algo para guardar para a posteridade.
Rock/punk/pop cantado em norueguês não é coisa que agrade ao metaleiro ávido de barulho e emoções fortes. Musicalmente não se pode falar que esteja aqui seja uma aberração. Pelo contrário. Músicas bem construídas, melodias catchy e até apetece cantar de vez em quando, apesar de não se perceber peva do que raio se está para ali a cantar. Será certamente - calcula-se - um sucesso nas rádios norueguesas, mas é o tipo de música descartável que polui as nossas rádios. É certo que não seria mau pensado ouvir uma "Ta Hva Du Vil", só para desenjoar das Rihannas e Brunos Mars desta vida, mas para isso acontecer, mais valia apostar mais na música portuguesa, que tem coisas tão descartáveis como estas - já que é para nivelar a qualidade por baixo.
Tudo bonitinho, tudo engraçadinho, tudo certo para arrecadar uns trocos que isto de lançar álbuns de metal extremo não deve por comida na mesa de ninguém. Gravado no Inverno, uma forma de comemorar os 199 concertos que gravaram num ano (daí o título do disco) juntando o facto dos fãs pedirem insistentemente por um disco acústico. Não será certamente um lançamento que interessará para quem gosta de algo mais intenso, complexo, contéudo. Algo para guardar para a posteridade.
Nota: 4/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira
