Por falar em black metal da República Checa, depois de terem sido referidos na crítica ao álbum de estreia de Triumph, Genius, surge o sexto álbum dos Inferno, banda lutadora no underground checo de black metal. Com uma infindável lista de lançamentos que incluem splits, compilações, registos ao vivo e EP, quase que um lançamento por parte da banda passa despercebido, mas um álbum é um álbum. Ainda por cima neste caso em que é possível vislumbrar alguma progressão. Sim, progressão, ou evolução, como lhe queiram chamar. E sim, continuamos a falar de black metal, a banda não mudou de género mas sem dúvida que refinou a sua identidade.
Com uma proposta bem mais progressiva - e isto não é dito apenas pela longa duração das faixas mas pela verdadeira sensação de sermos transportados para diversos sítios ao longo da mesma fixa - e apesar da crueza que se mantém inalterada, há uma série de arranjos que nos surgem bem próximos daquilo que se entende como rock psicadélico ou música ambiental. Atenção, não se trata de black metal experimental, são coisas que o ouvido mais atento detectará sem qualquer problema, mas que não é por demais evidente. Continua tudo evil quanto necessário para um lançamento de black metal mas apenas há espaço em cada canção para certos pormenores que antes não havia. "The Firstborn From Murk" e "The Funeral Of Existence" são dois bons exemplos.
Mais melodia, mais ambiente, mas a mesma brusquidão e frieza de sempre, fruto de uns efeitos de guitarra que dão uma ambiência própria de teclados. Se há alguma coisa que parece não se conjuga bem são as vocalizações, carregadas de eco, que as tornam ainda mais imperceptíveis do que aquilo que elas já são. Apesar desse ponto, a pujança instrumental está cá e acabam por deixar esse ponto apenas como um mero detalhe. Fica-se curioso pelo próximo da banda, já que com este conseguiram revitalizar e renovar o interesse no seu trabalho. Não me canso de relembrar de que se trata de black metal.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Com uma proposta bem mais progressiva - e isto não é dito apenas pela longa duração das faixas mas pela verdadeira sensação de sermos transportados para diversos sítios ao longo da mesma fixa - e apesar da crueza que se mantém inalterada, há uma série de arranjos que nos surgem bem próximos daquilo que se entende como rock psicadélico ou música ambiental. Atenção, não se trata de black metal experimental, são coisas que o ouvido mais atento detectará sem qualquer problema, mas que não é por demais evidente. Continua tudo evil quanto necessário para um lançamento de black metal mas apenas há espaço em cada canção para certos pormenores que antes não havia. "The Firstborn From Murk" e "The Funeral Of Existence" são dois bons exemplos.
Mais melodia, mais ambiente, mas a mesma brusquidão e frieza de sempre, fruto de uns efeitos de guitarra que dão uma ambiência própria de teclados. Se há alguma coisa que parece não se conjuga bem são as vocalizações, carregadas de eco, que as tornam ainda mais imperceptíveis do que aquilo que elas já são. Apesar desse ponto, a pujança instrumental está cá e acabam por deixar esse ponto apenas como um mero detalhe. Fica-se curioso pelo próximo da banda, já que com este conseguiram revitalizar e renovar o interesse no seu trabalho. Não me canso de relembrar de que se trata de black metal.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
