Dave Ingram destacou-se pelo seu trabalho em dois clássicos grupos britânicos de death metal, os Bolt Thrower e os Benediction. Após um longo período de ausência, intercalado por alguns projectos sem grande impacto, está de volta neste projecto em conjunto com Rogga Johansson (que aqui fica encarregue ao baixo e guitarra), nosso conhecido pelos trabalhos dos Paganizer, Ribbspreader e The Grotesquery , o que dá logo uma forte indicação da orientação em termos de som que este trabalho tem: Death metal. A formação fica completa com Dennis Blomberg, também nos Paganizer, na bateria.
O palpite inicial revela-se acertado, é realmente death metal que se tem, mas numa vertente talvez inesperada. Poderá ter-se a tentação para dizer que este álbum tem raízes punk, pelo cariz directo das músicas e sobretudo pela sua direcção e na sua essência, não será algo totalmente descabido mas não há nenhuma destas treze músicas que não tenha um feeling totalmente death metal, inclusive certos riffs à la Bolt Thrower (como o riff principal da "Adolescence Of Time" ou os da "The Epoch"). Fazendo uma comparação parva, é como se se tivesse os melhores momentos do death metal britânico, com um cheirinho aquilo que se conhece como death metal sueco, tocados por uma banda crust.
As faixas sucedem-se a um ritmo alucinante, o que apesar de ser um bom sinal da fluidez do álbum, também pode ter a desvantagem de ser tão fluído que não fica nada. Durante trinta minutos, a duração do álbum, parece que se está a ouvir a mesma música, o que não constitui um grave problema porque se é a mesma música, até soa e ouve-se bem durante trinta minutos. Não deixa no entanto de ser complicado para quem quer sugerir alguma faixa em específico. Crust/punk e death metal. Uma combinação feita diversas vezes mas que raramente teve esta pujança. Espere-se que num eventual segundo trabalho seja tão memorável como potente.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
O palpite inicial revela-se acertado, é realmente death metal que se tem, mas numa vertente talvez inesperada. Poderá ter-se a tentação para dizer que este álbum tem raízes punk, pelo cariz directo das músicas e sobretudo pela sua direcção e na sua essência, não será algo totalmente descabido mas não há nenhuma destas treze músicas que não tenha um feeling totalmente death metal, inclusive certos riffs à la Bolt Thrower (como o riff principal da "Adolescence Of Time" ou os da "The Epoch"). Fazendo uma comparação parva, é como se se tivesse os melhores momentos do death metal britânico, com um cheirinho aquilo que se conhece como death metal sueco, tocados por uma banda crust.
As faixas sucedem-se a um ritmo alucinante, o que apesar de ser um bom sinal da fluidez do álbum, também pode ter a desvantagem de ser tão fluído que não fica nada. Durante trinta minutos, a duração do álbum, parece que se está a ouvir a mesma música, o que não constitui um grave problema porque se é a mesma música, até soa e ouve-se bem durante trinta minutos. Não deixa no entanto de ser complicado para quem quer sugerir alguma faixa em específico. Crust/punk e death metal. Uma combinação feita diversas vezes mas que raramente teve esta pujança. Espere-se que num eventual segundo trabalho seja tão memorável como potente.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
