Apesar do nome estranho, Örök trata-se de uma one-man-band de black metal do Porto, sendo o seu mentor Miguel Béco, o mesmo de Atilla – um projecto puramente electrónico de darkwave, também totalmente encabeçado pelo mesmo músico.
As semelhanças entre Örök e Atilla são, praticamente, nulas. Enquanto que o projecto que já dura há mais tempo, como já disse, é electrónico, esta nova criação é black metal contemplativo, que não perde uma gota de toda a crueza originária do género como se pode verificar nas intermináveis rajadas de distorção sonora que perfazem o álbum do início ao fim, mas que, ao mesmo tempo, consegue manter um background atmosférico bastante limpo, até num tema furioso como “Kärntschzen” o fundo mais sublime não chega a ser abafado pela selvajaria primitiva do black metal aqui praticado. Há uma notável influência de nomes como Burzum e Weakling na composição sonora de Örök, e a parte mais atmosférica faz lembrar a de uns Wolves In The Throne Room.
Com um possível segundo álbum já a caminho, este é um projecto que mostra ser auspicioso para todos os que apreciam black metal ríspido e puro, sem corantes nem conservantes.
Nota: 7.5/10
Review por Tiago Neves
