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Nocturnal Breed - "Napalm Nights" Review



Os noruegueses do thrash/black porco, badalhoco e a cheirar a queijo suiço com fungos estão de volta. E parece mentira mas já passaram sete anos desde "Fields Of Rot", o último álbum de originais da banda. Sete anos de silêncio que apenas acentuam o impacto deste quinto trabalho nas hordes de seguidores do thrash enegrecido. "The Devil Swept The Ruins" surpreende pela melodia dos seus solos enquanto "Speedkrieg" tem um espírito Motörhead meets Abigail que contagia e que faz diferença muito graças ao pedal wah nos solos. "Cursed Beyond Recognition" poderá surpreender pela sua melodia e pelo seu espírito mais moody, podendo-se chamar como uma balada thrash/black, se tal faz algum sentido. No campo das surpresas também terá que se incluir o tema título, um épico de doze minutos onde a banda junta o heavy metal javardo a "sensibilidades" mais extremas.

Em poucas músicas tem-se logo a certeza de que a banda voltou cheia de vontade de tornarem as coisas interessantes e isso é bem notável na forma como cada música tem um feeling muito especifíco (não antagónico, porque anda tudo à volta da mistura entre o thrash e o black metal),  surpreendendo para quem tinha a antecipação de encontrar dez músicas de mais do mesmo. É mais do mesmo, em termos de ambiente, mas com classe. A forma vai variando um pouco, mas o contéudo é todo o mesmo. A forma varia de tal forma que até a produção sofre alterações de faixa para faixa mas é na última música "Krigshisser (D.N.K.)", esse factor surpresa é mesmo inegável, já que contando com a participação especial de Nocturno Culto na voz, é um autêntico tema de black metal puro e duro.

Basicamente, um compêndio de música extrema em formato old school, com a produção a ser lamacenta o q.b. mas mesmo assim a não impedir que certos pormenores melódicos do trabalho de guitarras se perca - mais uma vez, de assinalar o trabalho das guitarras, onde o membro original Maxtor está de volta depois de treze anos de ausência e onde temos o novo membro Fineideath também a brilhar. Dez petardos que percorrem desde o heavy metal clássico, passando levemente pelo doom e claro, dando importância máxima ao thrash e sobretudo ao black metal. Com um encanto que poucos concorrentes (que ainda são alguns) poderão competir.
 

Nota: 8/10

Review por Fernando Ferreira