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Aurora Borealis - "World Shapers" Review


Oriundos do outro lado do Pacífico, esta banda americana já dá cartas desde 1994. Estarão os nossos leitores admirados? Talvez, mas eu definitivamente fiquei porque nunca tinha ouvido falar dos Aurora Borealis. Aqui se prova, mais uma vez, a imensidão do universo metálico!

Fazer uma crítica de uma banda tem destas coisas, porém quando nos chega alguém novo aos nossos ouvidos, a responsabilidade é redobrada para que não sermos injustos com absolutamente ninguém. Há que fazer o trabalho de casa, ainda para mais quando estamos a falar do sexto trabalho de originais destes  mensageiros musicais . Como podem atentar, não estamos, de todo, a falar de uns quaisquer novatos no meio. É certo que, como muitas bandas suas congéneres, estes Aurora Borealis fazem lembrar muita coisa de muito lado. Recolhem-se aqui momentos que nos transportam para uns Noruegueses como os Keeper of Kalesin, para os vizinhos Nile, vocalmente o nome de Chris Walker (Carcass) poderia representar o espectro de inspiração, ao mesmo tempo que tudo junto aparece embrulhado numa aura de Angel Corpse. Tudo isto é Aurora Borealis, sendo que tudo isto soa a um Death Black com muito toques de Thrash a compor o ramalhete, diga-se muito bem trabalhado!

Quando se falam de influências, pode haver a tentativa de menosprezar o trabalho apresentado seja por quem for, invocando principalmente o princípio da ausência de originalidade, mas a verdade é que hoje em dia pouco à para inventar, por isso ou se sabe o que se está a fazer ou não. Neste caso, “World Shapers”demonstra um álbum de uma banda que sabe o que está a fazer, onde as ideias apresentam-se sólidas e, acima de tudo, com identidade própria. Iniciando as hostes, depois de um brevíssimo Intro, “In The Beginning”, somos confrontados com um ritmo inicial enfurecido, proveniente do ataque fortíssimo que a tarola nos transmite em “God Like Redemption”. “World Shapers”, tema título, dá sequência a este registo encolarizado, dando forma ao que nos espera ao longo do resto do disco. Um bom começo, sem dúvida, que é consolidado com outros temas como “Induced Mutation”, “The Odest of Dilemmas”onde as melodias Death Metal nórdico começam a ganhar mais espaço nos temas e balançar com a trepidação quase ininterrupta deste “World Shapers”, ainda que por pouco tempo, porque quase a fechar ainda há tempo para “Silent War”, o malhão em forma de despedida deste trabalho.

É sem dúvida um disco que merece a nossa atenção, embora não seja  de absorção imediata, porém também não é um daqueles casos que acabamos por ficar conformados, após inúmeras audições e repetições, com o que ouvimos, antes pelo contrário, com os Aurora Borealis poder-se-á afirmar que apesar de ter tardado, à sexta foi de vez!

Nota: 7.9/10

Review por Pedro Pedra