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Buzz Osborne - "This Machine Kills Artists" Review


Buzz Osborne é mais conhecido pela influência que o seu trabalho com os Melvins transpira para toda uma geração de músicos e por ocasionalmente fazer parte de outros projectos, tais como os Fântomas. Este álbum a solo poderá surpreender todos aqueles que julgam que será um prolongamento desses trabalhos e a principal diferença está mesmo na forma. “This Machine Kills Artists” é um álbum acústico, uma espécie de Bob Dylan em processo de fusão com Jonhy Cash, mas que mesmo assim não tem nada a ver, já que caso tivesse distorção, os riffs aqui soariam bem ameaçadores.

São os Riffs que dominam este lançamento e a voz ora hipnótica, ora viajante, mostra-se a outra contraparte ideal para liderar as atenções deste álbum, despido de todos os restantes instrumentos. Os riffs e os ritmos que lhes são imprimidos quase que dispensam bateria e as dezassete faixas passam num instante, sendo ajudadas também pela sua curta duração. “Dark Brown Teeth” a abrir marca logo o ouvinte para o que vem e é entre os riffs acústicos e a voz com efeitos de Buzz que o encanto de “This Machine Kills Artists” se move.

Na verdade, não é muito distante do imaginário sonoro que temos nos Melvins, despido até à sua essência, ou pelo menos até uma das suas partes da essência. Se “Laid Back Walking” tivesse distorção, seria um grande tema de stoner rock e é um bom exemplo da capacidade que este álbum tem para pôr os ouvintes a colocarem os elementos que não tem. É um álbum interessante, indispensável para os fãs de Melvins e Buzz Osborne e mesmo para aqueles que se poderão a aborrecer nem deixando chegar a primeira audição chegar ao final. Um desafio à sua paciência que caso superado, poderão apreciar “This Machine Kills Artists” a crescer interiormente a cada vez que é ouvido.


Nota: 7.5/10

Review por Fernando Ferreira